Como anda o seu autocontrole? Conheça a estratégia por trás do adiamento da recompensa
Provavelmente você já ouviu falar do Teste do Marshmallow, criado no final da década de 1960. O experimento foi desenvolvido na universidade norte-americana de Stanford, liderado pelo psicólogo Walter Mischel e utilizou uma metodologia bastante simples, mas, por ter se estendido por várias décadas, constatou traços do comportamento humano que nos deixaram lições valiosas.
O teste consistia em deixar crianças sozinhas em uma sala diante de um marshmallow (ou de outros tipos de doces, como biscoitos e chocolates) e permitir que elas fizessem uma escolha: comer o doce ou esperar e ganhar dois. O objetivo era avaliar a capacidade das crianças de abrir mão de um prazer imediato por uma recompensa maior no futuro.
Os resultados variaram entre crianças que comeram o marshmallow imediatamente; outras que o pegaram nas mãos, o observaram de perto, cheiraram, lamberam ou de alguma forma resistiram por um tempo, mas acabaram comendo; e outras que ficaram de costas, cantaram, falaram sozinhas, e, assim, optaram por mudar o foco para outras coisas até que sua recompensa chegasse.
O resultado logo após o teste foi uma estatística básica considerando quantas crianças resistiram e foram recompensadas e quantas cederam à tentação do prazer imediato. Mais do que percentuais, porém, observou-se que as crianças que evitavam o contato com o objeto de desejo eram mais bem-sucedidas.
A equipe do experimento acompanhou as crianças ao longo de algumas décadas, dividindo-as em dois grupos: as que esperaram pela recompensa e as que não resistiram. Os resultados do primeiro grupo foram: melhor desempenho escolar, melhores empregos, menor envolvimento com drogas e crimes e menor percentual de casos de obesidade. O estudo também foi realizado em diversos países e apresentou resultados similares, mesmo em condições socioeconômicas e culturais significativamente diferentes.
Autocontrole, finanças e conselhos milenares
Um levantamento feito pelo SPC Brasil apontou que 52% dos brasileiros já fizeram compras por impulso, mesmo não se tratando de um bem necessário e sem ter dinheiro para comprar à vista. Ou seja, mais da metade da população já optou pela recompensa imediata, mesmo que ela comprometesse seu orçamento futuro.
O “eu mereço”, aliado aos apelos publicitários vindos de todos os lados, faz com que ceder às gratificações imediatas seja quase irresistível. O antídoto para a falta de autocontrole é seguir o exemplo das crianças que ignoraram o doce, mudaram o foco para outras atividades e não flertaram com as tentações.
Essa foi a estratégia a que as crianças recorreram intuitivamente e, como o experimento de Mischel observou ao longo do tempo, a repetição do comportamento em outras áreas (estudo, trabalho, conduta e alimentação) colaborou para uma vida mais bem-sucedida.
Como em diversas ocasiões, a ciência prática confirma ensinamentos milenares, como a orientação dada pelo apóstolo Paulo em sua carta aos gregos de Tessalônica: “Afastem-se de todo tipo de mal” (1 Tessalonicenses 5:22).
Quando acreditamos que somos suficientemente capazes, que não vamos ceder às tentações e que somos fortes o bastante para flertar com o mal sem sucumbirmos a ele, aumentamos nossas chances de queda. Subestimar o que pode nos seduzir é escolher um caminho tão perigoso quanto andar na beirada de um precipício.
A exemplo da passagem de Paulo, textos bíblicos escritos há milhares de anos, além de serem mais atuais do que o jornal de amanhã, podem nos livrar de grandes dores de cabeça. Saiba mais na superprodução Paulo, o Apóstolo, no Univer Vídeo e na Record TV.
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