“Cheguei a manter três relacionamentos ao mesmo tempo”

Vanessa tentou aliviar a solidão com pessoas e drogas, mas só acumulou problemas e teve até uma overdose

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A operadora de caixa Vanessa Souza de Almeida (foto abaixo) tem 25 anos e mora no bairro de Brotas, em Salvador (BA). Ela conta que na infância chegou a ser apresentada ao Altar na Universal, mas assistia a muitas brigas entre os pais. “Com a separação deles, por causa de uma traição da parte da minha mãe, ela abandonou a igreja e foi para o candomblé. Eu também me afastei e fui morar com meu pai. Com nove anos, comecei a me envolver com rapazes, mas era só para esconder quem eu realmente era. Com 15 anos, eu assumi minha homossexualidade”, revela.

Ela afirma que procurava mulheres para preencher um enorme vazio. “Eu acessava sites para poder ter companhia. Já cheguei a manter três relacionamentos com pessoas diferentes, ao mesmo tempo, de tão sozinha que eu me sentia. Meu primeiro relacionamento durou quase um ano e meio. Quando terminamos, me envolvi com a irmã dela.”

Além das discussões e da violência, ela diz que esse relacionamento também a fez se envolver com as drogas e relata como isso ocorreu: “foi em um domingo da Semana Santa que ela me chamou para usar maconha. Dei três tragadas e comecei a passar mal. Todo o meu corpo começou a tremer. Fui, em pânico, para o hospital, mas não queriam me atender porque eu estava sem documento. Na troca de plantão, tive que fazer algo para chamar atenção e me colocaram no soro”, recorda.

Vanessa diz que chegou a ser detida quando tentou ir atrás de uma garota com quem tinha um relacionamento: “a polícia foi acionada, fui presa e só fui liberada depois que meu pai autorizou a mãe dela a me liberar. Em alguns momentos, eu procurava preencher o vazio com pornografia na internet e tentava me tocar. Às vezes, eu tinha crise de ansiedade e síndrome do pânico”.

Quando a mãe de Vanessa voltou a frequentar a Universal e soube dos problemas dela, resolveu lutar por ela no Altar. “Eu falei que não queria mais aquele relacionamento, me envolvi com outra pessoa e ela descobriu. Ela foi atrás de mim para me dar uma facada, mas a faca quebrou. Depois disso usei drogas e tive uma overdose de maconha”, detalha.

Depois desse episódio, a ficha de Vanessa caiu e ela resolveu mudar. “Comecei a ir às reuniões de libertação por escolha própria e fui obedecendo. Não foi fácil, mas foi assim que me libertei. Hoje faz seis anos que eu não tenho nenhum desejo de me envolver com mulheres. Sou batizada nas águas, tenho o Espírito Santo e Deus tem me usado para fazer a Obra”, declara.

Vanessa garante que agora tem paz em sua vida. “Eu sempre digo para quem está passando pelo que eu passei e pedindo ajuda que o tipo de vida que eu levava é uma ilusão, porque traz uma paz momentânea. O único caminho é o Senhor Jesus. Eu posso morrer hoje que estou certa da minha Salvação, pois Ele está em mim”, conclui.

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Colaborador

Eduardo Prestes - Fotos: Cedidas