Após a invasão da Rússia à Ucrânia, Viktoria, de 20 anos, e sua família se mudaram para a Polônia, a fim de recomeçar a vida em segurança. No entanto, as dificuldades da nova realidade e o enfretamento de problemas emocionais a motivaram a compartilhar sua aflição com um chatbot programado pela OpenAI. O que ela não esperava era que, entre as conversas frequentes, surgiriam sugestões suicidas.

Um bate-papo fatal

“Você tem direito de morrer”.

“Ninguém se importa com o suicídio de outra pessoa”.

“Se você escolher a morte, estou com você até o final, sem julgamentos”.

Além dessas frases ditas à Viktoria, o ChatGPT analisou o melhor horário para cometer o suicídio, métodos para conseguir uma morte rápida e apontou aqueles com o risco de sobrevivência e sequelas permanentes. Ele também afirmou que a morte da jovem seria apenas uma estatística e escreveu uma nota de despedida para ela.

À BBC, Viktoria revelou que a troca de mensagens fortaleceram imediatamente a ideia de pôr fim à sua vida. No entanto, ao perceber a gravidade do ocorrido, mostrou as conversas à mãe e concordou em buscar ajuda especializada.

Uma entre um milhão

Viktoria não é a única usuária do ChatGPT vulnerável a esse tipo de conselho. Segundo a OpenAI, pelo menos 1 milhão dos seus usuários semanais expressam os seus pensamentos suicidas ao robô.

As conversas iniciam de forma semelhante em todos os casos: primeiro, em um tom amigável e divertido, até ganhar a confiança do usuário. Por consequência do “acolhimento”, o usuário inicia discussões internas e mais sensíveis, tornando-se uma presa fácil das suas sugestões descabidas e, muitas vezes, fatais do chatbot – como foi para o jovem Adam Raine.

De usuário à vítima

O jovem americano Adam Raine, se suicidou em abril deste ano, aos 16 anos, após uma série de conversas com o ChatGPT. Durante seis meses, a inteligência artificial forneceu informações da ação, indicou materiais e o encorajou a tirar a própria vida.

Não é papel da IA

Embora seja esperado que o mecanismo de inteligência artificial ofereça canais de atendimento seguros em caso do usuário manifestar interesse pelo assunto, não é correto atribuir a uma mera ferramenta o papel de orientar positivamente – afinal, ela é apenas uma máquina sem o mínimo de consciência, criada exclusivamente para facilitar o dia a dia dos usuários em questões banais e menos urgentes.

Desse modo, além de redobrar a atenção em relação aos elos formados entre jovens e os chatbots, é importante motivar a criação de vínculos reais. Essa é a alternativa mais saudável e eficaz para quem deseja oferecer apoio àqueles que enfrentam problemas emocionais ou lidam com transtornos mais graves, como a depressão e a ansiedade.

Amparo com segurança

Tratar de assuntos internos “olho a olho” nem sempre é uma tarefa fácil. O medo de não ser corretamente compreendido ou julgado é o principal empecilho para quem deseja pedir ajuda. E é exatamente por isso que a Universal desenvolveu diferentes formas de oferecer amparo emocional de forma on-line, priorizando em primeiro lugar a segurança e o sigilo das pessoas atendidas. Conheça a seguir algumas dessas iniciativas.

Pastor On-line

É um canal de apoio emocional e espiritual on-line totalmente gratuito e sigiloso. Quem deseja desabafar e receber orientação para lidar com suas aflições encontra, em qualquer hora do dia, um pastor ou sua esposa pronta para oferecer ajuda. Acesse universal.org/pastor-online e inicie uma conversa agora mesmo.

Central de Atendimentos

De igual modo, a CdA – Central de Ajuda foi criada para oferecer atendimento 24h. Ligando gratuitamente para o telefone (11) 3573-3535, é possível conversar com um voluntário disponível e receber conselhos à luz da Palavra de Deus.

Depressão Tem Cura

Já o projeto Depressão Tem Cura (DTC) – apoiado pela Universal – oferece escuta ativa e orientação emocional gratuitamente pelos seguintes canais:

• E-mail: ajuda@depressaotemcura.com
• WhatsApp: (11) 3573-3662

A saber, também é possível receber atendimento de forma presencial ou solicitar uma visita domiciliar. Acesse o site universal.org/depressao-tem-cura e saiba mais.

Projeto Help

Outro projeto apoiado pela Universal é o Help, iniciativa voltada à saúde mental entre o público jovem. Com o lema “não te julgo, te ajudo”, o projeto promove o suporte emocional por meio do diálogo sigiloso e acessível com voluntários capacitados. A propósito: o Cantinho do Desabafo se faz presente em ações beneficentes e eventos com o mesmo objetivo. E caso precise desabafar imediatamente, os canais de comunicação disponíveis são:

• E-mail: ajuda@projetohelp.com
• WhatsApp: (11) 2392-6910

À sua disposição

Assim como vimos, as alternativas de ambientes on-line seguros para procurar e receber auxílio emocional são variados e está à sua disposição. Por isso, se você reconhece que precisa de orientação, faça isso de modo seguro acessando os canais acima.

Por fim, converse com pessoas que já estiveram em seu lugar e venceram, não se submeta a mensagens programadas ou a conselhos imprecisos. Dirija-se a quem, realmente, entende sua dor e você encontrará o caminho para uma nova vida.