Casados e vivendo em casas separadas. Mais uma ideia anticasamento

A ‘união livre’ está cada vez mais comum. Saiba como blindar o relacionamento e não errar no amor

Imagem de capa - Casados e vivendo em casas separadas. Mais uma ideia anticasamento

Casar e, principalmente, manter o casamento, não é uma tarefa fácil. O casal precisa estar comprometido a resolver os problemas, se adaptar e deixar a chama da relação acesa.

Para isso, parece que vale tudo. Inclusive, se manter distante alguns dias na semana e até morar em casas separadas. A prática já existe e está crescendo: é chamada de part-time marriage ou casamento por tempo parcial.

A ideia é recuperar o espírito de quando o casal namorava, fazendo acordos para respeitar a liberdade um do outro e impedir que o amor caia na rotina e no esfriamento. A atriz Gwyneth Paltrow e seu marido, Brad Falchuk, por exemplo, vivem em casas separadas e ficam juntos quatro noites por semana.

Renato Cardoso, coautor do livro Casamento Blindado, diz que a tendência da mídia e da sociedade em geral é ser assim: cada vez mais anticasamento e de tudo que ele representa.

“A ‘união livre’ ou ‘estável’, marcada por um conceito de que o compromisso duradouro e absoluto não é possível, será mais e mais comum. Como aguentar a mesma pessoa vinte, trinta, cinquenta anos? A cada dia, um novo argumento derrogatório e anticasamento é criado. Se você preza o seu relacionamento e não quer se tornar mais uma estatística, blindar seu casamento é fundamental para sua sobrevivência”, alerta.

Como combater o esfriamento

De acordo com Renato, o esfriamento começa quando o casal para de fazer algo pelo relacionamento, mas há formas muito mais eficazes do que a citada acima para evitar esse tipo de problema.

“O casamento não é algo automático, que você pode deixar no ponto morto e ir levando. Ele é vivo, muda com o tempo, a idade, os desafios. Assim sendo, vocês têm de estar sintonizados para se adaptar. Senão, serão pegos de surpresa quando um problema fugir do controle”, afirma.

Ele acrescenta que só focar e falar sobre rotina do trabalho, dos filhos, da casa, do estresse, faz com que um não se interesse mais na vida do outro, virem hábitos de frieza e o clima acabe.

Para mudar isso, em primeiro lugar, Renato aconselha: “invista nas boas rotinas, como dormir juntos, dar um beijo ao sair e ao chegar e fazer as refeições e atividades juntos”, orienta.

Diálogo

Outro investimento importantíssimo é o diálogo que, para a maioria dos casais é o de sobrevivência, como: “o que tem para comer? Já pagou aquela conta?”. Muitos não se importam mais em fazer perguntas que, realmente, busquem saber o que está acontecendo com o cônjuge.

“Ao longo do tempo, quando o casal não tem conversas mais profundas, as vidas e os objetivos vão se distanciando e seguindo em direções opostas. Em um dado momento eles não se reconhecem mais, pensam que não se amam, que não têm mais nada em comum”, fala Renato.

Para ajudá-los a mudar este quadro é que surgiu a Caminhada do Amor, que fornece perguntas elaboradas, a fim de restaurar a intimidade entre o casal, alinhar os objetivos e se conhecer de uma forma leve e agradável. Acesse o site para saber mais, clicando aqui.

Participe também da Terapia do Amor, palestra semanal que ajuda casais e solteiros a resolver qualquer questão relacionada à vida amorosa. Ela acontece às quintas-feiras, no Templo de Salomão, às 10h, 15h e 20h. O endereço é Avenida Celso Garcia, 605, Brás, zona leste de São Paulo.

Você também pode ir a qualquer Universal. Encontre o endereço mais próximo de sua casa aqui.

imagem do author
Colaborador

Rafaella Rizzo / Fotos: Getty Images