Carentes, ingênuas ou interesseiras: quem são as vítimas dos golpes do amor?
Entenda sobre o assunto e confira dicas para não cair na lábia dos golpistas
Cada vez mais pessoas têm caído nos chamados “golpes do amor“. Atraídos pela promessa de um relacionamento sério, romantismo, casamento e até mesmo dinheiro, homens e mulheres são iludidos por pessoas que só querem brincar com seus sentimentos, trazendo desgastes emocionais e prejuízos financeiros.
Como exemplo, o documentário “Golpista do Tinder”, recentemente lançado pela Netflix, mostrou como os crimes de golpes amorosos são planejados na prática.
A fim de debater o assunto e entender como não cair nessas armadilhas, o tema foi abordado no programa Fala Que Eu Te Escuto desta quinta-feira (3), apresentado pelo Bispo Carlos Cucato.
Convidada pelo programa, a advogada Ana Paula Gimenez, especialista em direito da família, explicou que esse tipo de crime não é apenas contra o patrimônio, mas também entra na esfera civil, com danos morais para as vítimas
“Antes as pessoas saiam mais e, com a pandemia, passaram a usar as redes sociais e aplicativos de relacionamentos com mais frequência. Assim, com o isolamento se aprofundaram mais nas relações virtuais, sendo um prato cheio para os especialistas em manipulação”, ressaltou.
Estelionato sentimental
Em reportagem, o programa mostrou que no Brasil, a Polícia Civil de São Paulo investiga uma quadrilha que usa a internet como arma para seduzir, manipular e extorquir vítimas femininas. Formada por nigerianos, a quadrilha movimentou nos últimos três anos mais de 100 milhões de reais e cerca de 400 pessoas já foram vítimas dos golpistas.
Contudo, é estimado que mais de duas mil pessoas já caíram nesses tipos de golpes, classificados como um verdadeiro estelionato sentimental.
Para compreender quem são essas vítimas, a psicoterapeuta Fernanda Cani explicou que pessoas que caem nesses crimes possuem um padrão de dependência emocional.
“A principal característica é a fuga da realidade, pois estão sempre em busca de preencher um vazio e a carência com alguém. Por conta disso, não têm critérios para entrar em um relacionamento e acreditam facilmente em tudo que ouvem”, esclareceu a especialista.
Como não se tornar vítima
Sendo assim, a advogada Ana Paula deixou orientações para não se tornar vítima desses golpes virtuais. Veja:
– Desconfie se a pessoa querer se aprofundar muito sobre a sua vida pessoal, logo no início da conversa
– Não informe as redes sociais facilmente, pois, assim, ele (a) logo ficará sabendo tudo sobre você e ficará mais fácil de persuadir
– Marque um encontro presencial depois de um tempo. Mas antes envie fotos da pessoa para familiares ou amigos e aviso do encontro
– Observe se a pessoa mudar de humor de forma repentina
– Procure saber tudo sobre a pessoa, não deixe só ela fazer as perguntas
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