Brasil registra número alto de mortes por H1N1
Só neste ano foram mais de 1.700 óbitos relacionados ao vírus. Medidas de prevenção simples não podem ser esquecidas
Do início do ano até o mês de agosto, 1.775 pessoas já morreram vítimas do vírus H1N1 (Influenza A) no Brasil. Os dados, divulgados pelo Ministério da Saúde, estão muito próximos de superar os de 2009, quando o Brasil registrou 2.060 óbitos ao longo do ano todo. Em 2015, foram notificadas no País 36 mortes e, em 2014, 163.
São Paulo é o Estado mais afetado, com 737 óbitos. O Paraná vem em seguida, com 206 mortes. Em terceiro lugar está o Estado do Rio Grande do Sul, que registrou, até agora, 182 mortes.
Além do número expressivo de óbitos, foram notificados 9.635 casos de complicações da gripe, como a Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG), que causa infecções graves.
A incidência de H1N1 geralmente ocorre com a proximidade do inverno. Neste ano, o vírus chegou antes do previsto. Em março, já estava acontecendo um surto no País. Com isso, muitas pessoas correram para receber a vacina em clínicas particulares e postos municipais.
Atualmente, 49,9 milhões de pessoas foram vacinadas, segundo o Ministério da Saúde. Esse número superou a meta para este ano, segundo o órgão.
Nem todos foram imunizados, pois a vacina só foi disponibilizada na rede pública para os grupos de risco de contaminação (idosos, crianças entre 6 meses e 5 anos, gestantes, portadores de doenças crônicas e funcionários da área de saúde e do sistema prisional).
É evidente que a vacinação é uma forma eficaz de prevenção. Porém, outros métodos são eficientes e colaboram muito para evitar a contaminação. O problema é que grande parte da população se esquece deles.
A quantidade de informações noticiadas diariamente, as diversas formas de entretenimento que existem, a falta de atenção e de cuidados com a higiene, por exemplo, fazem com que muitas pessoas apenas se lembrem da incidência do vírus quando já é preciso remediá-lo.
Previna-se
De acordo com um serviço público de saúde do Reino Unido, os vírus contidos em gotículas expelidas ao tossir ou espirrar alcançam cerca de um metro de distância e podem ficar por horas em superfícies secas.
Qualquer pessoa que toca em mesas, maçanetas, dinheiro, corrimãos ou apoios no transporte público pode se contaminar com as gotículas e continuar espalhando o vírus ao tocar em outras superfícies.
O melhor jeito de impedir o contágio é fazendo a higienização das mãos com frequência, por meio de água e sabão ou álcool gel. Ao frequentar lugares públicos, por exemplo, é importante evitar levar as mãos aos olhos, ao nariz e à boca enquanto a higienização não for feita.
Muitas pessoas optam pelo uso de máscara, mas ela é recomendada apenas se for trocada a cada 30 minutos. Isso porque a respiração vai deixando-a úmida, o que facilita ainda mais a proliferação do vírus e de bactérias.
É importante lembrar que, mesmo com a aproximação de dias mais quentes em grande parte das cidades do País, o vírus consegue se disseminar. E, se as pessoas não tiverem cautela quanto à prevenção, ele continuará fazendo mais vítimas.
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