O ator escocês Nathan McHallam, de 18 anos de idade, foi condenado por pornografia infantil na última sexta-feira (28 de fevereiro). A condenação veio após dois anos de investigações e o júri levou apenas 30 minutos para confirmar a culpa do réu.

McHallam foi indiciado em 2016, pouco tempo após ser indicado ao prêmio BAFTA de atuação – um dos mais importantes do mundo – pelo filme Crowman. Na ocasião, o computador pessoal do jovem foi apreendido por conter 264 imagens de pornografia infantil, sendo que 151 delas continham meninas de 6 a 12 anos de idade.

Embora o ator ainda afirme não saber como aquelas imagens foram parar em seus pertences, a perícia comprovou que não há chance de o computador ter sido hackeado e as imagens terem sido inseridas por outra pessoa.

Oferta inesgotável

Infelizmente, o caso de Nathan não é único. Existem mais de 1 bilhão de sites de pornografia no mundo. E todos eles possuem arquivos ilegais, como fotos e vídeos de crianças, estupros ou sem consentimento do filmado. Os donos do site alegam que tentam coibir essas ações, mas é difícil devido ao enorme tráfego de arquivos. Mas a verdade é que, com cada acesso, eles lucram mais.

O mesmo vale para menores de idade visitando esses sites. Embora os donos afirmem que colocam advertências de idade, grande parte de seu público é formada por crianças e adolescentes.

Uma pesquisa publicada no jornal britânico Daily Mail afirma que 66% das crianças entre 11 e 13 anos de idade acessam esse tipo de site. Já entre os adolescentes, de 13 a 17 anos de idade, esse número sobre para 75%. Todas essas crianças com fácil acesso à pornografia infantil.

Foi o caso de Nathan McHallam. Ele foi indiciado aos 16 anos de idade. E o conteúdo de seu computador já demonstrava o quão doente este adolescente está: quase 300 imagens de crianças abusadas.

Jovens viciados

O Bispo Renato Cardoso ressalta que “o acesso fácil à pornografia até a muitos jovens e crianças têm resultado em eles se tornarem viciados. Porque a pornografia é altamente viciante”.

De acordo com ele, “estudos já foram feitos que comprovam que a pornografia tem o mesmo impacto viciante do que a cocaína e outras drogas”.

Dependentes de pornografia, esses jovens aprendem que o que estão assistindo é o certo. Passam a acreditar que aquela violência pode ser praticada, inclusive contra crianças.

O Bispo relata que é “extremamente agressivo, nocivo, que explora especialmente a mulher, que faz a mulher se tornar um grande objeto de uso apenas para o prazer sexual do homem e são imagens que não podem ser apagadas da mente”. E, por isso, os jovens têm que evitar consumir esse tipo de conteúdo. E os pais devem estar atentos para controlar tudo o que seus filhos acessam na internet.

Assista ao vídeo abaixo e o porquê da necessidade deste controle parental: