Atenção no supermercado

Dicas simples, geralmente ignoradas, fazem muita diferença no orçamento doméstico. Confira quais são elas

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Quem nunca teve uma surpresa desagradável ao ver o valor total das compras quando recebeu a nota fiscal do caixa do supermercado? Sem falar naquela sensação ruim de comprar algo e descobrir, no dia seguinte, que em outro estabelecimento o preço era bem menor.

O 12º Levantamento Anual de Preços dos Supermercados Brasileiros, realizado pela Proteste Associação de Consumidores, mostra que o consumidor que pesquisa pode ter uma economia anual de até R$ 2 mil.

E, para manter a saúde financeira da família e não cair em arapucas e falsas promoções, há algumas medidas nada complicadas que podem ajudar você segundo dados divulgados pela Fundação de Proteção e Defesa do Consumidor (Procon) do Paraná e de Goiás. Confira.

O falso barato

É comum que um produto bastante caro seja colocado logo ao lado de um similar de preço menor, mas não tão em conta. Assim, o cérebro inconscientemente vê isso como vantagem, sem que o seja, quando os valores são comparados. Vale a antiga e sábia tática de pesquisar o mesmo produto em estabelecimentos diferentes – algo que a internet ajuda bastante hoje em dia.

Perto dos olhos

Produtos mais caros ficam geralmente na altura média da visão de adultos. Vale a pena olhar para baixo e procurar os similares mais em conta. Guloseimas e brinquedos são colocados bem no campo de visão das crianças, o que torna os pedidos inevitáveis.

Já na chegada

Cuidado com a tática dos produtos temáticos (de acordo com a época do ano) que são colocados logo na entrada do supermercado, além de doces e salgados. Com o carrinho ainda vazio, é fácil pegar algo que você nem pretendia levar.

Quanto às crianças…

É recomendável não levá-las às compras, por causa da tendência de que peçam supérfluos e os pais cedam, o que engorda a conta. Mas, como nem sempre é possível deixá-las em casa ou com outras pessoas, aproveite a ocasião para ensiná-las a escolher bem os produtos – as características ideais de certas frutas e quais devem evitar levar, por exemplo, além de aspectos como data de validade – noções que elas levarão para a vida adulta.

Tamanho é documento

Preste atenção ao carrinho. Hoje em dia eles são enormes, causando a falsa sensação de que não estão suficientemente cheios. Alguns supermercados até escondem os menores em alguns dias do mês.

Da estação

Produtos de época são mais baratos. Aproveite-os. Isso também permite variar o cardápio e comprar itens mais frescos.

Custo-benefício

Nem sempre o produto mais caro é o melhor nem o mais barato é o pior. Vale testar ou procurar opiniões de consumidores, facilmente encontradas na internet.

Faça a lista

Essa é outra antiga e infalível tática. Faça uma relação, ainda em casa, do que é realmente preciso comprar e faça o possível para não comprar nada fora dela. Valem tanto a boa e velha dupla papel e lápis quanto os aplicativos de notas nos celulares e tablets, abundantes em opções. Terminada a compra do que estava anotado, vá embora. Evite passear pelo supermercado para não cair nas “tentações”.

O perigoso nove

Atenção redobrada aos preços “quebrados”, geralmente terminados em oito ou nove. Eles causam a falsa impressão de serem menores do que realmente são.

Prestes a vencer

Há quem rejeite comprar produtos próximos ao vencimento, que geralmente ficam em promoção. Mas, se você pretende consumi-los logo, pode ser um bom negócio. Vale sempre a dica de ler os rótulos.

Sem pressa

Escolha ocasiões em que terá tempo e disposição para fazer as compras. Assim, cada item pode ser analisado com calma e boas ofertas de produtos similares podem ser encontradas em outras áreas do supermercado.

Calcule

Leve uma calculadora para as compras e vá somando o que entrar no carrinho. É bem comum fazer uma conta aproximada de cabeça e ser surpreendido por um valor bem maior já no caixa. Além disso, ela pode ser usada também para saber o valor unitário de certos produtos vendidos em pacotes fechados – como aqueles de papel higiênico com 12 ou 24 unidades – e ver se realmente é mais vantajoso comprá-los se comparados aos vendidos separadamente. Se não tem uma calculadora, todo smartphone e tablet tem o recurso – e a maioria das pessoas nem o usa.

Olho no caixa

Sua missão não está cumprida só porque você chegou ao caixa. Preste atenção, pois é bem comum um produto ter um preço na prateleira e a máquina mostrar outro – inclusive em casos de artigos com desconto. Se for o caso, peça para o atendente retificar.

Sem fome

Outro velho conselho que realmente procede. Se você vai ao supermercado faminto, tende a comprar mais coisas de consumo rápido e que vai acabar comendo ali na hora, não é mesmo? Faça pelo menos um bom lanche antes de ir às compras. Estômago cheio, conta menor.

Cuidado com cartões

Evite fazer compras de supermercado com cartão de crédito sempre que possível, principalmente com pagamento rotativo (em prestações). Como precisará comprar de novo no mês seguinte, isso vira uma bola de neve e a dívida só aumentará.

Segunda quinzena

Na última metade do mês há uma queda normal de vendas. Assim, alguns supermercados capricham nas promoções. Vale dar atenção àqueles folhetos que acompanham jornais ou dispostos na porta dos estabelecimentos.

Marcas próprias

Podem ser um ótimo negócio pelo preço mais baixo e às vezes são feitas pelo mesmo fabricante de produtos similares.

Tenha limite

Defina um valor para a compra, de acordo com seu orçamento. Faça a compra de produtos segundo a necessidade.Atingido o valor máximo, não compre mais nada.

Atacado e “atacarejo”

Em algumas lojas desse tipo você pode comprar em maiores quantidades aqueles produtos que não dependem tanto de prazo de validade ou que você necessite mesmo comprar em grande volume.

Nada de lotação

Procure lojas mais vazias ou horários em que isso aconteça. Excesso de pessoas cria uma falsa sensação de urgência, diminuindo o tempo para pensar direito no que se deve comprar – além de ser mais estressante.

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Colaborador

Por Marcelo Rangel / Foto: Fotolia