Aos oito anos, ele viu seu pai matar sua mãe e foi tomado pelo ódio

Saiba o que Manoel Ramos fez para superar o passado trágico e recomeçar sua vida

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O jardineiro Manoel Martiniano Ramos, de 60 anos, presenciou, quando tinha 8 anos, seu pai matar sua mãe a facadas. Ele relembra o episódio: “Aquilo foi muito cruel, especialmente para mim e meus irmãos, que éramos crianças. Minha irmã tentou segurá-lo para
impedi-lo, mas ele cometeu o crime mesmo assim. Aquela cena ficou gravada na minha mente, o que alimentava uma revolta que parecia reviver aquele momento o tempo todo”.

Adolescência de dor

Aos 12 anos, Manoel passou a beber e, dessa forma, buscava esquecer o passado. Durante a adolescência, ele ficava bêbado com frequência e isso o fazia dormir nas ruas ou nos canaviais da cidade em que morava, no interior de Pernambuco.

Ele diz que o desejo de vingança o consumia: “Eu nutria mágoa e um ódio profundo. Sentia vontade de matar meu pai para descontar o que ele fez com a minha mãe. Ele foi preso e tentou tirar a própria vida na cadeia. Íamos visitá-lo e era algo horrível”.

Tentativa de suicídio

Manoel acreditou que, casando-se jovem, preencheria o vazio que sentia, mas nada mudou. Embora festas e bebidas o distraíssem, ele estava com depressão e tomou uma atitude extrema: “Tentei o suicídio ingerindo um produto químico vendido na época. Queimou tudo por dentro. Eu sentia uma angústia constante e os pensamentos de morte me atormentavam.”

A decisão de mudar

Manoel maltratava sua esposa e o casamento ia mal. Ele conta que sua “ficha caiu” quando sua esposa ameaçou deixá-lo. Desesperado, ele foi pedir ajuda na Universal.

Recebido pelo amor

Ele relata como foi a recepção: “Cheguei orgulhoso e machucado e fui muito bem recebido. Tudo que foi pregado naquele dia parecia dirigido a mim. Uma frase do pastor me marcou: ‘Se você colocar isso em prática e nada acontecer, então aqui é tudo enganação’. Decidi fazer o teste”.

Ele passou a praticar o que aprendia nas reuniões e a buscar o Espírito Santo. Seu caráter mudou e seu casamento também. “Perdoei meu pai. Conversei com ele antes de sua morte e tenho certeza que ele foi perdoado e está em paz. Hoje tenho uma boa casa, um bom carro e uma família maravilhosa. Mas a prioridade da minha vida é o Espírito Santo. Nunca vou deixar esse Deus maravilhoso. Sei que, se partir hoje, vou para a Glória”, finaliza.

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Colaborador

Kelly Lopes / Foto: Reprodução