Amor, precisamos conversar

A sétima edição da Caminhada do Amor pode ajudar a quebrar os mitos em torno das tão temidas DRs

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Qual é a melhor maneira de conhecer uma pessoa senão conversando com ela? Durante esse diálogo, podemos compartilhar sonhos, opiniões, medos, experiências e a forma como enxergamos o mundo.

Contudo algo que deveria ser constante e prazeroso, especialmente dentro do relacionamento amoroso, por vezes, acaba em briga. Assim, na tentativa de evitar discussões, muitos casais deixam de usar o diálogo como ferramenta para conhecer melhor o par e para ajudar a manter o relacionamento. Porém, o desconhecimento que um tem do outro conduz ao distanciamento do casal. O que poucos sabem é que o diálogo pode evitar muitos mal-entendidos, divórcios e a destruição de lares.

O que aconteceria se um casal decidisse fazer algo diferente em prol da relação? A proposta não é uma viagem nem presentes ou surpresas, mas algo aparentemente simples: uma caminhada.

Durante essa atividade, os dois conversariam de forma sincera, ouvindo um ao outro, sem pressão nem interrupções das crianças ou do celular. Certamente, o casal sairia fortalecido dessa experiência. Esse é o objetivo do evento chamado Caminhada do Amor – The Love Walk, organizado pela Universal. Por meio dele, os casados têm a oportunidade de cuidar da relação.

Namorados e noivos, por sua vez, podem se conhecer melhor e evitar descobertas desagradáveis depois do “sim” no Altar. E os solteiros também podem se beneficiar, pois essa pode ser a oportunidade de convidar alguém que queiram conhecer melhor.

A primeira Caminhada aconteceu em abril de 2012. Neste ano, a sétima edição do evento ocorrerá no dia 29 de outubro em todo o Brasil, depois de dois anos de suspensão por causa da pandemia de Covid-19. Em cada Estado haverá um ponto de encontro para os participantes. Em São Paulo, o encontro será no Parque Ibirapuera, na zona sul da capital paulista, às 10 horas.

A Bíblia diz: “Porventura andarão dois juntos, se não estiverem de acordo?” (Amós 3.3). E como pode haver acordo se não houver diálogo? Para os idealizadores do evento, Renato Cardoso e sua esposa, Cristiane Cardoso, apresentadores do programa The Love School – A Escola do Amor, da Record TV, e autores do livro Casamento Blindado, o diálogo é uma das ferramentas mais importantes para os que desejam manter um relacionamento saudável. Porém, eles ponderam que muitas pessoas não conseguem ter um diálogo produtivo. “O propósito da Caminhada do Amor é ajudar as pessoas a fazerem isso, não somente por concordarem em manter um diálogo, mas também a aprender a fazê-lo com eficácia para que não seja mais uma experiência dolorosa para elas”, diz Renato. Ele explica por que essas experiências malsucedidas de diálogo têm gerado em muitas pessoas uma espécie de “dialogofobia” ou pavor de dialogar: “às vezes, a pessoa é interrompida quando está dialogando, a outra não a deixa falar, ela sente que a outra pessoa não a ouve, não a compreende, não presta atenção direito ao que ela está falando ou, então, há a conversa e depois nada é feito e ela pensa: ‘para que conversar se isso não vai dar em nada?’” Entretanto, evitar uma conversa, seja por qual motivo for, não evitará que novos problemas surjam, pelo contrário, pois, de acordo com o escritor, a falta de diálogo provoca a dor dos problemas não resolvidos, o que gera mais conflitos para o casal.

Cristiane destaca outro aspecto importante no diálogo que é desprezado pelos casais: “para você ter intimidade, que é uma coisa que só no casamento você terá com a outra pessoa, você precisa de diálogo. Não adianta só dormir na mesma cama. Se você não tem diálogo, é impossível investir na intimidade”. Renato reforça que o casal só se sente mutuamente atraído quando está de coração aberto um para o outro, o que pode ser obtido por meio de conversas francas.

Aprendendo a conversar
O casal Flávia Ortencio Gallo dos Santos, (foto abaixo) de 28 anos, e Clayton Correa dos Santos, de 29 anos, participaram pela primeira vez da Caminhada do Amor em 2018. Eles ficaram sabendo do evento durante as palestras da Terapia do Amor e a viram como uma oportunidade. “Éramos recém-casados, então ainda não sabíamos muitas coisas um do outro e a Caminhada foi um diferencial para nos conhecermos melhor como casal. Entramos em assuntos que nunca tínhamos conversado por não saber como abordá-los e aquelas perguntas vieram de encontro ao que estávamos precisando naquele momento”, revela Flávia.

Com a experiência positiva, no ano seguinte o casal não hesitou em participar de novo. Dessa vez, eles contam que os assuntos foram abordados com mais maturidade e Clayton explica como trabalharam com o que conversaram: “fizemos a listinha do que precisávamos melhorar um com o outro e individualmente também e trabalhamos em cima daquilo individualmente, sem ficar questionando o outro: ‘olha, você não está cumprindo isso’. No final deu tudo certo e cumprimos a nossa lista de melhorias”.

Flávia lembra que um dos assuntos em que o casal tinha mais atrito era o relativo aos familiares e ele só foi abordado e resolvido de forma eficaz quando eles foram sinceros sobre as atitudes que não os agradavam: “ele, mesmo casado, permitia que seus familiares se envolvessem em nosso casamento de uma forma que eu não gostava e, com isso, eu me posicionava em relação aos familiares dele de uma maneira que ele também não gostava”.

A importância do diálogo foi comprovada por eles durante o período de isolamento social vivido na pandemia. “Não tivemos atritos durante a quarentena. Pelo contrário, passamos mais tempo juntos e isso fez com que ficássemos ainda mais unidos porque já tínhamos resolvido os nossos problemas”, diz Flávia.

Agora o casal está na expectativa para a Caminhada deste ano. “Todos os dias acontecem situações em que, por sermos diferentes, não concordamos. Quando isso acontece, aprendemos a nos colocar um no lugar do outro e a ver o que o outro precisa naquele momento. Isso tem feito com que fiquemos até mais parecidos. Hoje nós já concordamos em coisas que lá atrás eram motivo de brigas porque temos o diálogo como nossa ferramenta”, conclui Flávia.

Como participar
A Caminhada do Amor conta com um kit específico para os casados e outro para namorados, noivos e solteiros. Ambos são compostos por duas camisetas e um guia com perguntas para auxiliá-los durante a conversa.

O kit pode ser adquirido pelo site arcacenter.com.br, pelo telefone 0800-580-0327, pelo WhatsApp (11) 996029768 ou na Universal mais próxima. Para saber o local em que a Caminhada ocorrerá em seu Estado, acesse o QR Code abaixo.

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Colaborador

Núbia Onara / Fotos: Demetrio Koch