A cada 15 segundos uma pessoa morre em razão de acidente ou doença de trabalho no planeta. São mais de 6,3 mil mortes diárias, totalizando anualmente 2,3 milhões de óbitos, de acordo com a Organização Internacional do Trabalho (OIT). Ainda a cada quarto de minuto, a média mundial de vítimas de acidentes de trabalho chega a 160 pessoas. No Brasil, por exemplo, foram registrados 613 mil acidentes de trabalho com aproximadamente 2,5 mil mortes em 2022, segundo o Observatório de Segurança e Saúde no Trabalho. Muitas dessas ocorrências não são mera fatalidade e acontecem por causa de negligência.

Para Gilvan da Franca e Silva, técnico em segurança do trabalho na Igreja Universal, em São Paulo (SP), é preciso colocar a segurança do trabalho em prática. “Ela é uma ciência que tem o objetivo de promover a proteção do trabalhador, além de visar a redução de acidentes de trabalho e doenças ocupacionais, promover a saúde ocupacional dos colaboradores e garantir a conformidade com as normas e regulamentos legais estabelecidos”, explica.

Segundo ele, além de cumprir as normas e usar os equipamentos de segurança, há atitudes simples que podem ser adotadas. “Manter a postura correta diante do computador é fundamental para diminuir a fadiga muscular e visual, por exemplo. As principais causas de acidentes de trabalho estão relacionadas a movimentos frequentes que podem levar a lesões por esforços repetitivos (LER) ou distúrbios osteomusculares relacionados ao trabalho (Dort), a choques elétricos, ao mau funcionamento de máquinas, a quedas de locais altos e a acidentes de trânsito”, diz.

Ele afirma que investir em segurança aumenta o grau de conscientização dos empregados. “Contudo o fato de nunca ter acontecido um acidente não significa que ele nunca vai acontecer. Se o administrador ou o dono da empresa acha que sua função é apenas contratar o serviço de segurança do trabalho e ponto final está cometendo um erro. De nada adianta treinar os funcionários ou fazer campanhas, se a diretoria, a maior responsável pela empresa, não estiver envolvida nem engajada com a segurança do trabalho”, adverte.

Gilvan diz ainda que a primeira iniciativa deve ser manter a mente aberta, conversar com os empregados, com o pessoal da área de segurança e participar do processo. “Também é muito válido assistir palestras e seminários e fazer cursos de atualização sobre gerenciamento, qualidade e meio ambiente. Em muitos desses cursos são ministrados tópicos envolvendo segurança do trabalho que se somam ao conhecimento necessário para fazer a empresa mais eficiente, segura, organizada e produtiva”, conclui.