A triste trajetória de Eliúde

Em Reis, a história dele mostra as consequências de se afastar da Presença de Deus e de desconsiderar que, apesar da santidade irrefutável da Obra de Deus, ela é realizada por homens falhos

Imagem de capa - A triste trajetória de Eliúde

Na primeira temporada da superprodução Reis, A Decepção, acompanhamos as nuances da história de Eli (José Rubens Chachá), dos filhos dele e de Samuel (Rafael Gevú). Além deles, o telespectador da Record TV vem sendo presenteado com personagens criados não apenas para preencher lacunas na narrativa bíblica, mas também para trazer importantes reflexões.
Eliúde, interpretado por Igor Cotrim, é um desses personagens. Sua trajetória revela os perigos de se deixar contaminar pelo que se ouve e se vê, ilustrando o que a Palavra de Deus diz em Jeremias 2.19: “a tua malícia te castigará, e as tuas apostasias te repreenderão; sabe, pois, e vê, que mal e quão amargo é deixares ao Senhor teu Deus, e não teres em ti o Meu temor, diz o Senhor dos Exércitos”.

Ele se deixou levar pela decepção e pelas emoções
Tudo começa com Eliúde dando ouvidos aos boatos de que os filhos de Eli roubavam as ofertas e sacrifícios. Ao constatar a veracidade das acusações, ele se revolta. Aos olhos humanos, parecia que Eliúde desejava apenas que a Obra de Deus fosse realizada conforme o Senhor havia ordenado, sem concessões, quando, na verdade, ele se sentia injustiçado e já estava contaminado pela malícia.

Na cena da série em que o personagem exacerba sua frustração, Elcana (Fernando Pavão) lembra-o de que “a questão é: para quem você faz esse esforço de vir até aqui? Para quem você faz o sacrifício? (…) Só tem uma coisa com que você tem que se preocupar: para quem você está fazendo o que faz”. Balançado pelas palavras do amigo, Eliúde se afastou dos princípios Divinos, deixou de ir ao tabernáculo e de oferecer suas ofertas e sacrifícios, passou a servir a Baal, argumentando que “se um deus falhar, o outro responde”.Consumido pelo luto, depois da morte do filho durante uma batalha, rendeu-se ao hábito de beber, e, influenciado pelos amigos, traiu a esposa.

Na Bíblia Sagrada com as Anotações de Fé do Bispo Macedo, o Bispo explica que “há pessoas que estavam firmes na fé, servindo a Deus com alegria e satisfação, porém, ao passarem a ouvir e a conviver com alguns que estavam contaminados espiritualmente, começaram a cair, pois a pureza da fé deu lugar à malícia, e tudo passou a ser visto com maus olhos”.

Seu terrível fim e um alerta
A imaturidade espiritual, somada à falta de temor, levou Eliúde a um fim ainda mais trágico do que sua própria trajetória. Após o retorno da Arca da Aliança, depois de meses em posse dos filisteus, ele fez algo abominável ao Senhor: ousou tocar e olhar dentro da arca (como relatado em 1 Samuel 6.19). E qual foi seu fim? A morte sem tempo para arrependimentos.
Apesar de Eliúde ser um personagem ficcional, como ele, muitos abandonam a fé e desviam o foco de Deus. Contaminados, começam a fazer concessões, desobedecem à Sua Palavra e deixam o temor, a reverência e o hábito de vigiar e se autoavaliar de lado.

Infelizmente, escândalos, más condutas e falhas humanas sempre existiram e continuarão existindo. Cabe a cada um decidir manter o foco em Deus e no que é eterno, sendo fiel, obediente e submisso a Ele independentemente das circunstâncias. O segredo para permanecer inabalável é manter-se permanentemente conectado com Deus e não se esquecer de blindar a fé, porque “muitos se esquecem de proteger a sua fé. Se esquecem ou simplesmente omitem proteger essa fonte de vida, porque a fé não é apenas para conquista dos bens materiais, a fé que nós temos, sobretudo, é para a manutenção da nossa Salvação”, ensina o Bispo Macedo.

Acompanhe a série Reis, na Record TV, de segunda a sexta-feira, a partir das 21 horas, e as reflexões sobre a produção, semanalmente, aqui na Folha Universal.

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Colaborador

Laís Klaiber / Fotos: Edu Moraes