A pandemia que matou 5 milhões de pessoas em 2020

Não é COVID-19! Mas você pode estar sofrendo com a doença do século sem saber

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O sedentarismo é considerado pela Organização Mundial da Saúde (OMS) a doença do século. De acordo com a instituição, pelo menos 5 milhões de mortes poderiam ser evitadas todos os anos se as pessoas fossem fisicamente ativas. 

Ainda segundo a OMS, o sedentarismo aumenta as chances de morte entre 20% e 30%. E a cada ano mais pessoas se tornam sedentárias. Em 2019, cerca de 80% das pessoas com até 24 anos de idade eram sedentárias. Quase três vezes a porcentagem de pessoas sedentárias acima dos 25 anos. E, em 2020, a pandemia agravou essa situação. 

A redução de locomoção, a paralisação de aulas e trabalhos e a quarentena aumentaram o tempo em que as pessoas permanecem em casa. Todavia, a maior parte da população não encontrou atividades físicas para praticar dentro de casa.

De acordo com a professora da Universidade de Harvard I-Min Lee, que coordenou um estudo sobre sedentarismo publicado no periódico científico The Lancet, o sedentarismo pode ser tão prejudicial quanto o tabagismo (que mata cerca de 7 milhões de pessoas ao ano). 

Sabemos que estar inativo aumenta o risco de desenvolvimento de muitas doenças crônicas, como as cardiovasculares, e acidentes vasculares cerebrais (AVC), diabetes tipo 2 e alguns tipos de câncer”, contou ela à BBC. “Dado que é um fator de risco comum em muitas das doenças crônicas que nos acometem, de forma geral o risco de mortalidade prematura de quem é sedentário é, provavelmente, comparável ao de fumar”. 

Pandemia é qualquer doença disseminada no mundo inteiro que possua aumento progressivo. Esse é exatamente o caso do sedentarismo, que matou, pelo menos, dois milhões de pessoas a mais do que a COVID-19. Infelizmente, porém, as pessoas seguem não se protegendo contra essa doença. Para Lee, o sedentarismo já chegou a níveis pandêmicos.

Proteja-se! 

O Bispo Renato Cardoso destaca que é fundamental cuidar do corpo. 

Não estou falando aqui que o alvo é se tornar uma aberração fisiculturista nem ganhar uma barriga tanquinho. Estou falando de boa saúde, disposição física e longevidade”, afirma. “Para alcançar esses três alvos é essencial manter uma rotina de exercícios”. 

Entretanto, para isso, ele recomenda que, previamente, consulte-se um médico ou um profissional de educação física. 

“É importante que você adote um programa de treinamento adequado para seu corpo, condição física, idade — e que também caiba na sua agenda. Não venha com a desculpa: ‘Eu não tenho tempo para fazer exercícios.’ Preciso dizer que sua saúde é mais importante do que assistir TV, jogar videogame, ou ficar de bobeira na internet? Será que você não consegue ajustar seu tempo e encontrar três horas por semana para cuidar do seu corpo?”, questiona o Bispo. 

Para saber mais sobre o mal que o sedentarismo causa e as formas de se libertar dele, clique aqui.

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Colaborador

Andre Batista / Foto: Getty Images