A grama é e sempre será verde

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Por mais que movimentos tentem impor o que defendem para mudar determinadas visões sobre certos temas, eles continuarão sendo o que sempre foram e nada os mudará. É o caso da grama, da gravidade, da idade, da vontade do indivíduo de ser o que quiser ser e da existência dos pares de cromossomos.

Assim como a grama é indiscutivelmente verde e o céu é azul – graças à forma como a luz se espalha pelas moléculas na atmosfera –, tudo se encaixa – e se explica – harmoniosamente dentro de algo que entendemos e respeitamos como Ciência. A biologia, que é uma área da Ciência, também explica que cabe ao espermatozoide (célula reprodutiva masculina) carregar um cromossomo X e um Y e não as letras L, G, Z nem o sinal de mais ou menos. Já o óvulo (célula reprodutora feminina) conta com dois cromossomos X. Quando o espermatozoide fecunda um óvulo, então, o cromossomo X ou Y se combina com os cromossomos X do óvulo e será concebido um homem ou uma mulher.

A Ciência não pode ser Ciência quando se quer, tampouco se pode adotar essa concepção em relação à biologia. Mas, nos dias atuais, parece pairar sobre todos uma inexorável guerra cultural que quer, por vezes, emburrecer as pessoas com narrativas que contrariam o óbvio. Assim como no exemplo mostrado anteriormente do processo de geração da vida, há outros que são o que são e, por isso, não mudarão – por mais que alguns lutem bravamente e tentem cancelar ideias contrárias. A ideia deles, é claro, merece o respeito e a consideração da sociedade, mas isso não quer dizer que possam impor “goela abaixo” o que defendem – contrariando os fatos e o óbvio para quem pensa diferente. Afinal, esses também merecem igual respeito e consideração. A sociedade é plural e a boa convivência pressupõe tolerância, o que não significa aceitação pacífica, mas sempre tendo como aliada a consideração de todos para com todos.

Mas não é isso o que se vê. Uma clínica norte-americana se recusou a continuar o tratamento de uma paciente com câncer de mama e a acusou de ter “comportamentos discriminatórios”. Em 2022, essa paciente enviou uma mensagem a seu médico perguntando sobre uma bandeira do orgulho trans que foi colocada na recepção da clínica e recebeu, por mensagem também, o aviso que seu tratamento seria interrompido sob a justificativa de “comentários desrespeitosos e ofensivos sobre nossa comunidade e equipe LGBT”. Já a autora de Harry Potter teve seu nome apagado de um museu, depois que afirmou que, embora uma pessoa se sinta do gênero oposto, isso em nada muda seu sexo biológico. Ataques contra ela se intensificaram depois dela ter compartilhado um artigo que questionava o termo “pessoas que menstruam”, em vez de mulheres.

“Se o sexo não for real, a realidade vivida pelas mulheres em todo o mundo é apagada. Eu conheço e amo pessoas trans, mas apagar o conceito de sexo remove a capacidade de muitos de discutir sua vida de forma significativa. Não é ódio falar a verdade”, comentou.

Parece que hoje, submersos em uma grande patrulha ideológica e no politicamente correto, tudo é válido na tentativa de silenciar alguém. Daí nos deparamos com gente sensível demais, protagonizando o melhor que pode, uma geração “floco de neve”, ou, no mínimo, mimizenta. Se quiser questionar (ou apenas não concordar com algo) ou mesmo dizer o óbvio (como 1 + 1 = 2), antes, é preciso conferir se se pertence a um tal “lugar de fala” para não ofender ninguém. Senão, não há quem o defenda nesta terra dos justiceiros sociais.

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Colaborador

Redação / Foto: kertlis/getty images