A enorme diferença entre os descendentes espirituais e os religiosos

Por se considerarem descendência de Abraão, muitos acreditam que são herdeiros das promessas contidas na Palavra de Deus. Entretanto, seu mau testemunho mata, a cada dia, o próprio Senhor Jesus.

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Muitos dos que se consideram chegados a Deus usufruem de uma sensação de bem-estar reforçada por inúmeras razões, como tempo de Igreja, conhecimento bíblico, conquistas e bênçãos alcançadas. Entre eles há os que se reconheçam como descendência de Abraão, ou seja, herdeiros de uma Fé incondicional e genuína, participantes de uma geração eleita e escolhida por Deus e integrantes de uma realidade celestial. No entanto não são herdeiros, mas bastardos. Eles conhecem a Deus com base no “disse me disse” – ou seja, pelo que escutam dos outros –, mas eles mesmos não provaram de uma experiência espiritualmente profunda com Ele. Assim, nasce uma descendência de frustrados espirituais, carentes de bênçãos, de elogios para amaciar o ego religioso e igualmente carentes de algo que ainda lhes falta: o Espírito Santo.

Recentemente, o Bispo Edir Macedo explicou um trecho bíblico de João durante a Escola da Fé. Ao longo dele, é possível acompanhar o diálogo do Senhor Jesus com os religiosos: “Bem sei que sois descendência de Abraão; contudo, procurais matar-Me, porque a minha Palavra não entra em vós. Eu falo do que vi junto de Meu Pai, e vós fazeis o que também vistes junto de vosso pai.” (João 8.37-38). O Bispo ressaltou que aqueles pseudodescendentes de Abraão eram “judeus religiosíssimos, que eram criteriosos para com os costumes da religião judaica. Eles carregavam e ostentavam essa fé de que tinham parte com Abraão”, afirmou o Bispo. “De repente, você se encontra na mesma situação que aqueles judeus (e diz para si mesmo): sou da Igreja, já fui batizado nas águas, sou isso e aquilo outro.” Mas, na verdade, é só mais um religioso.

Embora aqueles judeus tivessem a sensação de que eram filhos de Abraão, “Jesus encontrou nessas pessoas os maiores inimigos da cruz. E, às vezes, dentro da Igreja, encontramos pessoas que são piores do que os incrédulos. Elas carregam dentro de si um vazio de Espírito Santo, um vazio de Santidade, e sem Santidade ninguém vê o Senhor. Santidade é viver longe do pecado. A sensação de estar na Igreja razoavelmente bem, mas não ter o Espírito Santo, é perigosíssima”, ponderou o Bispo.

“A PALAVRA DE DEUS NÃO ENTRAVA NELES”
Em seu blog, o Bispo Júlio Freitas explica que justamente “os que se diziam filhos de Deus, descendentes de Abraão, eram os que queriam matar o Messias”. E atualmente o cenário é parecido: os que demonstram maior religiosidade “são os que querem ‘matar’ Jesus nos dias de hoje”. De acordo com o Bispo, “são justamente esses que supostamente conhecem a Verdade, mas vivem em uma religiosidade que matam o Senhor Jesus por meio do seu mau testemunho, seu mau caráter, sua vida e fé sem nenhuma diferença entre eles e os incrédulos. Esses que se dizem de Deus, porém, não praticam os ensinamentos de Deus, vivem em pecado, estão mortos espiritualmente e matando a outros”, observou. De acordo com o Bispo, essas pessoas “se enganam achando que podem cobrir o pecado cumprindo com algumas tarefas religiosas como ir à Igreja aos domingos, fazer ofertas, orações e caridade”. Mas a verdade é que “são pessoas que minimizam os sinais ruins (erros de caráter) e potencializam os bons sinais (trabalho, talentos, capacidade). Esses são os que querem matar Jesus com seu mau testemunho”.

MAIOR NECESSIDADE
O Bispo Júlio Freitas falou ainda da importância do batismo. De acordo com ele, quem não é batizado com o Espírito Santo não consegue permanecer até o fim. Não porque não queira, mas porque não tem a força que só o Espírito Santo é capaz de dar. Já aqueles que receberam o Espírito Santo, mesmo cometendo erros, não permanecerão caídos, pois reconhecem, confessam seus pecados, os abandonam e se levantam “para continuar seguindo o Senhor Jesus até o seu último suspiro”.

Essa é a diferença entre os verdadeiros descendentes de Abraão e os religiosos assassinos de Jesus. Todas as pessoas podem escolher entre buscar pelo Espírito Santo ou serem maus testemunhos e não atingíveis pela Palavra dEle. Os que escolhem o primeiro caminho se tornam não apenas parte de Sua descendência celestial como “recomendáveis em tudo; na muita paciência, nas aflições, nas necessidades e nas angústias, nos açoites, nas prisões, nos tumultos, nos trabalhos, nas vigílias, nos jejuns, na pureza, na ciência, na longanimidade, na benignidade, no Espírito Santo, no amor não fingido, na palavra da verdade, no poder de Deus, (…) e sendo verdadeiros (…); como nada tendo, e possuindo tudo.” (2 Coríntios 6.4-10).

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Colaborador

Flavia Francellino / Foto: getty images