A carta de Daniel Cravinhos e uma lição sobre o perdão

É possível perdoar quando a agressão envolve a perda de um ente querido? Leia e descubra

Imagem de capa - A carta de Daniel Cravinhos e uma lição sobre o perdão

Recentemente, o assassinato do casal von Richthofen a mando da própria filha, Suzane von Richtofhen, foi reascendido na mídia e voltou a estampar os noticiários. Dessa vez, o foco é a carta de perdão de Daniel Cravinhos, condenado a 39 anos pela execução do crime, ao filho das vítimas, Andreas von Richtofhen.

Em 2002, ano em que seus pais foram mortos pelo ex-cunhado e seu irmão, Cristian Cravinhos, a mando da irmã, Suzane, Andreas tinha apenas 15 anos. Hoje, com 36 anos, ele vive isolado no interior de São Paulo, a poucos quilômetros de distância de Daniel, que cumpre regime aberto desde 2017 e busca por uma reconciliação com o antigo amigo.

A carta:

Apesar do receio admitido, Daniel declarou em carta aberta destinada a Andreas o seu profundo arrependimento e a difícil tentativa de reaproximação:

“Após sete anos de reflexão, finalmente encontro coragem para escrever a você. Sinto-me apreensivo com a sua possível reação ao ler essa carta […]  Minha mente está em turbilhão, pois meu desejo mais profundo é ter o seu perdão. As palavras mal conseguem expressar a intensidade de minha angústia e remorso. Minhas mãos tremem enquanto escrevo, e cada linha é uma batalha contra os fantasmas do passado. Há duas décadas, desde aquele fatídico dia, carrego o peso do arrependimento e da culpa, ciente de que minhas ações trouxeram tamanha tragédia para nossas vidas. Desde sempre penso em você, a maior vítima de tudo o que aconteceu.”

Na carta, Daniel também revela o desejo de encontrar Andreas e expressar os seus sentimentos, e que espera “do fundo de minha alma, que você encontre no coração a compaixão para me perdoar. Sei que minhas palavras podem parecer insuficientes diante da magnitude do que aconteceu, mas é com toda a sinceridade e humildade que peço por tua misericórdia.”

Veja a carta completa na reportagem disponível na íntegra do R7, clicando aqui.

O que analisar:

No livro “O Prazer da Vingança”, o Bispo Edir Macedo ressalta que para alguns, o dano causado por terceiros não envolve apenas uma discussão, ou uma perda reparável, mas assim como aconteceu com Andreas e com tantos outros, é a vida de um ente querido (ou mais de um) que é tirada de forma injusta e cruel.

Diante disso, é possível perdoar?

“Pois eu digo que não só é possível , como não há outro caminho para continuar a viver senão por meio do perdão. Só ele tem o poder de soltar as amarras que, dia e noite, prendem o ofendido ao seu agressor.

Quem não perdoa age de maneira contrária ao que Deus orienta (leia em Mateus 6.15). É um prisioneiro do ódio e não conseguirá se reerguer enquanto insistir em se dedicar aos pensamentos vingativos em relação aos seus detratores.

A verdade é que o ódio consome as forças e a energia de que o ser humano precisa para viver.

Mas quem perdoa nunca perde. Só ganha, e ganha com Deus. Tem riqueza maior e melhor do que essa?

Portanto, o perdão precisa ser depressa. Precisa ser hoje”, aconselha o Bispo, em seu novo livro.

Um convite especial:

A prática do perdão é indispensável para obter o perdão de Deus e a Salvação. Mas se você tem dificuldades em perdoar e deseja encontrar a cura interior, participe do Domingo do Perdão. O evento especial acontecerá no próximo domingo, dia 21 de abril, em todos os templos da Universal.

Além disso, a data também será marcada pelo lançamento oficial do novo livro do Bispo Edir Macedo, “O Prazer da Vingança.

Inclusive, você já pode adquirir o seu aqui.

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Colaborador

Yasmin Lindo / Foto: Reprodução/Record