A armadilha perfeita e menos óbvia para uma fé arruinada

Muitas mulheres sabem evitar os pecados mais comuns, mas toleram situações que podem levá-las à destruição

Imagem de capa - A armadilha perfeita e menos óbvia para uma fé arruinada

Para se manter na Fé e preservar a Salvação da própria alma é preciso se manter longe do pecado, correto? Se a resposta afirmativa surge afiada na ponta da língua, outro detalhe indispensável, no entanto, pode passar despercebido. A ingenuidade de achar que apenas essa resposta basta tem nocauteado muitas mulheres que se encontram espiritualmente desatentas. Elas são espertas demais para prever o velho e conhecido pecado, mas inocentes demais para identificar que o embaraço é um obstáculo encomendado pelo mal para fazê-las tropeçar. Assim, embora saibam identificar o cheiro do pecado a quilômetros de distância, elas acabam flertando e se tornando coniventes com situações que não deveriam.

Como lobo em pele de cordeiro, os embaraços podem ser tão ou mais perigosos do que o próprio pecado, uma vez que, para distingui-los, a mulher precisa estar vigilante quanto às próprias reações. O tema foi discutido recentemente pela apresentadora Viviane Freitas, que destacou o que está descrito em Hebreus 12.1: “Portanto nós também, pois que estamos rodeados de uma tão grande nuvem de testemunhas, deixemos todo o embaraço, e o pecado que tão de perto nos rodeia, e corramos com paciência a carreira que nos está proposta”.

TÃO DE PERTO
Viviane observou que os embaraços podem ser compreendido como obstáculos, situações difíceis e circunstâncias que geram preocupações, tristeza, constrangimento, ansiedade e que, não menos importante, intimidam. É justamente nesses cenários que a mulher é colocada à prova. “É então que você tem que decidir se vai fazer uso da Fé ou das emoções. Muitas vezes, esquecemos que somos movidas pelos nossos cinco sentidos”, disse Viviane, que ainda destacou que só se pode fazer uso da Fé quando ela é lembrada.

Se o pecado nos rodeia tão de perto, também precisamos olhar bem de perto para nós e para nossa condição espiritual. Para isso, vale listar os obstáculos que surgem em nosso caminho e quais pecados têm nos rodeado ou assediado. “Você já pensou quais são os seus embaraços, aquilo que a perturba, que é para você um obstáculo, que a constrange?”, perguntou Viviane.

COMO RAPOSINHAS
Ainda sobre os embaraços, vale destacar um ensinamento contido no livro de Cantares 2.15: “Apanhai-nos as raposas, as raposinhas, que fazem mal às vinhas, porque as nossas vinhas estão em flor”. A orientação deixada pelo sábio Salomão indica a importância de atentar para as pequenas e as grandes situações e a todas as possíveis ameaças. O pecado é bastante perigoso para a Fé, pois gera dúvidas imediatas. Entretanto as aparentemente ingênuas “raposinhas” podem causar um estrago maior. Muitas mulheres têm esfriado na Fé e nem se dão conta disso, uma vez que permitem coisas em suas vidas que supostamente não fazem mal, mas que, no final das contas, destroem a “vinha”.

Por isso, livre-se dos embaraços, em vez de se entreter com eles. Fuja do passatempo que não é pecado. Dê um basta à insistência disfarçada de perseverança, mas que, na verdade, é pura teimosia. Evite a fofoquinha que deixa rastros de malícia e a crítica “construtiva” que é feita para derrubar alguém. Tome cuidado com as opiniões disfarçadas de expressão de liberdade e de livre-arbítrio que camuflam a arrogância. Aquilo que é “inofensivo” pode ter consequências piores do que se imagina.

imagem do author
Colaborador

Flavia Francellino / Foto: Getty images