70 vacinas contra o novo coronavírus estão sendo desenvolvidas em todo o mundo

Três delas já estão na fase de testes em humanos. Saiba mais

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Recentemente, a Organização Mundial de Saúde (OMS) publicou uma lista divulgando que 70 vacinas estão sendo desenvolvidas por cientistas em todo o mundo.

Destas, 67 estão na fase em que os testes são feitos em indivíduos não-humanos (avaliação pré-clínica). A Universidade de Osaka no Japão, a Universidade de Queensland, na Austrália, e a Universidade de Oxford e o Imperial College de Londres estão entre as instituições engajadas nestas pesquisas.

Porém, três vacinas já estão na fase de testes em humanos. Sendo uma do Instituto de Biotecnologia de Pequim com o CanSino Bio de Hong Kong (este lidera o processo com sua vacina Ad5-nCoV) e duas de empresas nos EUA : a Moderna, sediada em Massachusetts e a Inovio Pharmaceuticals, da Pensilvânia.

Os caminhos para a imunização

Quando uma pessoa é infectada pelo novo coronavírus e se recupera ela desenvolve anticorpos e imunidade. Em torno de 30% dos infectados pelo novo coronavírus não apresentam sintomas, e para uma maioria, os sintomas não serão graves.

Quanto mais o vírus é disseminado mais pessoas infectadas desenvolvem esta imunidade, consequentemente, diminui a quantidade de pessoas passíveis de serem contaminadas. E logo o surto desaparecerá.

No entanto, há um risco de que um pico de infecções sobrecarregue o sistema de saúde, gerando, inevitavelmente, um grande número de mortes.

Então, a maneira mais segura de controlar o surto seria uma vacina.

Em média elas levam de 10 a 15 anos até chegar ao mercado. Mas, diante da atual pandemia, a indústria farmacêutica espera reduzir este tempo. Contudo, as autoridades de saúde pública alegam que ainda é preciso de um ano a 18 meses para validar qualquer vacina, mesmo as que já estão em fase de testes em humanos.

Contratempos

A expectativa dos pesquisadores da Universidade de Oxford de que até setembro poderão lançar uma vacina contra a COVID-19 se dá porque a vacina que está sendo desenvolvida por eles é com base em estudos anteriores com vacinas semelhantes. O que fez ganhar tempo, pois não tiveram que partir do zero.

No entanto, eles reconhecem que esse prazo pode ser alterado por diversos fatores. Alguns deles referentes a realização dos testes.

“No momento não é possível identificar quem já foi infectado e, se o vírus estiver se espalhando rapidamente por toda a população, pode ser difícil encontrar pessoas não expostas para participar das avaliações. A realização de testes após o pico desaparecer representa outro problema, porque muitas pessoas já desenvolveram uma imunidade natural e a quantidade de transmissão caiu para que aqueles que ainda não estão imunes levem mais tempo para serem expostos ao vírus”, pontuaram os pesquisadores.

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Colaborador

Núbia Onara / Foto: Getty Images