Drogas, baladas e automutilação

Mislaine Dias Rodrigues, de 18 anos, procurou na autoagressão o alívio para sua dor, porém esta não era a saída

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A auxiliar de classe Mislaine Dias Rodrigues, de 18 anos, começou a ingerir bebida alcoólica aos 13 anos, depois vieram as drogas.

“Conheci as drogas por influência dos ‘amigos’. Usei maconha”, relata.

A jovem conhecia a Universal desde pequena, mas não tinha interesse em conhecer a Deus e só frequentava a Igreja porque ia com a família. “Em casa, eu brigava com minha mãe constantemente e cheguei a pensar em matá-la. Tinha a sensação de que era excluída da família e, por isso, tentava preencher o vazio que sentia. Eu era popular entre os amigos, mas fingia ser quem eu não era. Também sofri muitas decepções amorosas”, conta.

As consequências
Os problemas não resolvidos e uma relação frustrada serviram como motivos para Mislaine se machucar e ela passou a se mutilar (comportamento caracterizado pelo ato intencional de autoagressão). “Esse era meu escape. A cada briga, a cada decepção, eu tinha um novo motivo para me cortar. Pessoas próximas me julgavam e diziam que eu agia assim para chamar atenção, o que se tornava razão para eu fazer isso de novo. Eu me sentia só”, diz.

Então, tudo começou a piorar. “Juntou tudo na minha cabeça. Eu não aguentava mais os problemas. Tinha insônia e pensava que a única solução fosse o suicídio.”

Insistência
Para se livrar dessa situação, ela precisou trocar de pensamentos. O passo inicial foi participar de uma reunião da Força Jovem Universal (FJU). “O Pastor falou de uma nova vida, mas que para isso seria necessário me entregar a Deus. Aquelas palavras ficaram na minha mente. Eu ainda queria curtir a vida, mas a necessidade de acabar com o sofrimento era tão grande que precisei escolher: me entregar ou me matar. Me batizei, abandonei amizades, festas e drogas. Me voltei a Deus sem reservas há três anos”, afirma.

Hoje, Mislaine é obreira e faz parte do Projeto Help da FJU de Vitória da Conquista, na Bahia. Ela ajuda jovens que passam pelo que ela viveu. “Consegui vencer os traumas dos relacionamentos frustrados, tenho um ótimo relacionamento com minha mãe e prazer em viver.

 

Há paz no meu interior. Nunca fui tão feliz como sou hoje”, finaliza.

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Colaborador

Flavia Francellino