Ex-assaltante diz que seu prazer era ver a vítima implorar pela vida

Assista ao episódio do programa Entrelinhas, que contou a história surpreendente de Hugo

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Aos 8 anos de idade, Hugo Costa já cometia pequenas furtos em mercearias e supermercados.

A mãe trabalhava em três empregos para sustentar, sozinha, os três filhos. Entretanto, todo esse sacrifício não era suficiente para suprir as necessidades básicas da família.

Quando o crime é a “única” opção

Assim, o garoto viu no crime a única saída para, segundo ele, ter pelo menos o básico dentro de casa. “Eu via os outros garotos da comunidade que nós vivíamos – aqueles que ficavam fazendo o ‘corre’ (vendendo drogas) – terem tudo o que eu queria. Era o mínimo: um caderno para levar para a escola, um lanche na mochila, e isso me deixava frustrado”, relata Hugo.

A mãe só descobriu o envolvimento do filho com a criminalidade quando ele estava com 12 anos e foi parar nos noticiários de tevê, devido a um assalto no qual teve participação.

“Nós estávamos jantando em casa, quando apareceu o meu rosto na televisão, com o revólver apontado para a cabeça da vítima. Para minha mãe foi um susto. Ela perdeu o chão”, relembra.

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Um vício chamado assalto

No entanto, a descoberta da mãe, em vez de fazê-lo se redimir, teve o efeito contrário. Agora ele se sentia livre para se aprofundar ainda mais no submundo do crime, já que não tinha mais o que esconder.

“Eu queria roubar mais, queria ver a vítima implorar pela vida dela. Meu prazer não estava no dinheiro, mas em ver a pessoa sofrer. Era isso que me motivava. Era isso que me impelia a cometer um novo crime, um novo assalto, um novo furto”, declara.

Hugo relata que era viciado em fazer assaltos. E como resultado disso, antes que completasse 18 anos, já havia passado por cinco internações na Fundação Casa.

Livramento de Deus

Na última, faltava apenas cinco dias para atingir a maioridade. “Foi nesse dia que eu pude observar a mão de Deus – pela primeira vez – na minha vida”, garante. Isso, porque, ao ser capturado, o policial o fez ficar de joelhos e, a uma distância de menos de 10 metros, mirou no peito dele, mas acabou errando o tiro.

Levado, novamente, para a Fundação Casa, logo começou a traçar um plano de fuga, do qual saiu bem-sucedido.

Mais uma vez fora da prisão – e agora um criminoso mais experiente -, Hugo migrou para o tráfico internacional: de armas, de drogas e humano.

A perda da perna

Como se não bastasse o envolvimento com o crime organizado, Hugo ainda era dependente químico.

No dia do acidente que sofreu e lhe custou a perda da perna, ele havia consumido muita droga e passado a noite em claro. Pela manhã, um de seus parceiros de crime apareceu no que eles chamavam de “quartel” – local onde se refugiavam – com uma moto e Hugo, que era apaixonado por motocicletas, pediu para dar uma volta.

Ele estava fazendo algumas manobras dentro da comunidade, quando se deparou com várias viaturas. Ao tentar fugir, colidiu com um veículo. “A moto dobrou ao meio. Ali eu tive praticamente a minha perna arrancada, que ficou pendurada por alguns centímetros de pele”, lamenta.

O processo de transformação

Nesse ínterim, a esposa de Hugo começou a frequentar as reuniões da Universal. No entanto, nem a perda da perna o fez abandonar o gosto pela vida do crime.

Então, veio mais uma prisão. Dessa vez, já maior de idade, Hugo foi levado direto para uma penitenciária.

Um dia, a esposa, que continuava buscando por ele nas reuniões da Universal, o presenteou com uma Bíblia. A partir daí, deu-se início ao processo de transformação interior de Hugo.

Quer saber o desfecho dessa história? Assista ao programa na íntegra, pelo Univer Vídeo, com apresentação de Renato e Cristiane Cardoso. Ainda não é assinante? Clique aqui e faça sua assinatura. Aproveite para assistir também a outros episódios do programa.

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Colaborador

Jeane Vidal / Fotos: cedidas