CPI é aberta para investigar administração em universidades públicas paulistas
USP, Unicamp e Unesp enfrentam dificuldades financeiras
O deputado Wellington Moura apresentou a Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) das Universidades Públicas na Assembleia Legislativa de São Paulo, no dia 27 de março último.
Por que abrir a CPI?
Em publicação no Diário Oficial, a CPI foi estabelecida com o intuito de investigar irregularidades na gestão das universidades públicas.
“A CPI surgiu com a ventilação de denúncias que foram veiculadas pela própria imprensa, com relação à falta de investimentos. Como, por exemplo, atraso de pagamento de salários. Então, o principal objetivo dessa CPI é averiguar se existe irregularidades na administração das universidades e quais são as deficiências do governo com relação ao incentivo à educação”, esclareceu o deputado Moura.
“Aparelhamento de esquerda”
Para a base do governo João Doria, dentro das instituições há um possível “aparelhamento de esquerda”.
Ou seja, a tese é que há uma predominância ideológica de esquerda política que influencia os gastos e os pensamentos dentro das universidades.
De onde vem o dinheiro?
Os recursos que chegam à Universidade de São Paulo (USP), à Universidade Estadual Paulista (Unesp) e à Universidade Estadual de Campinas (Unicamp) são provenientes da arrecadação do Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS).
Por causa do Decreto 29.598, publicado pelo ex-governador Orestes Quércia, as universidades públicas paulistas possuem autonomia sobre o próprio orçamento.
Atualmente, as três universidades enfrentam dificuldades financeiras.
Sobre o futuro
“Acredito que depois dessa CPI, muitas coisas irão mudar. Sobretudo, com relação aos gastos. Por isso, o propósito é averiguar todas as irregularidades e o melhor aproveitamento da verba pública”, finalizou Moura.
O próximo passo será a escolha do presidente, do vice-presidente e do relator da CPI.