Voluntários unidos para amenizar o sofrimento de uma tragédia

Mais de 1,6 milhão de pessoas na África foram atingidas pelo ciclone Idai. Prédio da Universal na cidade de Beira, em Moçambique, foi atingido

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Ociclone Idai, que atingiu o sudoeste da África no dia 14 de março, causou inúmeros prejuízos a Moçambique, Zimbábue e Malawi. Casas, hospitais, estradas e prédios foram destruídos.

Mais de 1,6 milhão de pessoas vivem nas áreas atingidas pelo ciclone, o que faz o número de vítimas ser assustadoramente grande. Em Moçambique, 446 mortes foram confirmadas até o fechamento desta edição. Pelo menos outros 325 mortos foram confirmados no Zimbábue e no Malawi.

A Organização das Nações Unidas (ONU) acredita que o número de mortes confirmadas deve triplicar nos próximos dias.

A sede da Universal, situada na cidade de Beira (Moçambique), também foi danificada.

O próprio presidente de Moçambique, Filipe Nyusi, declarou à Rádio de Moçambique que tudo está destruído. “Tudo indica que podemos registrar mais de mil mortes”, lamentou ele, explicando que há corpos boiando por toda a
região atingida.

Cerca de 600 mil pessoas estão sem energia elétrica. Mais de 400 mil precisaram ser resgatadas com urgência. E é impossível calcular o número de africanos que, neste momento, têm dificuldades de encontrar água potável, roupas, alimentos ou mesmo um lugar para pernoitar.

União
A Universal está trabalhando arduamente para angariar esses itens e doar às vítimas, conforme explica o presidente da Igreja Universal no país, José Guerra.

“O ciclone Idai teve uma velocidade de vento de 200 quilômetros por hora. Arrasou tudo e ainda continua chovendo. Mas mantemos as atividades evangelizando e prestando auxílio material e espiritual”, afirma. “Todos os membros da Universal estão bem, graças a Deus. Porém os dias estão sendo difíceis por causa da situação crítica em que se encontra Beira, a segunda maior cidade de Moçambique.”

Já o Pastor Farai José, que atua na Universal de Beira, relatou que nem os hospitais estão aceitando mais os doentes. “Houve muita morte nos bairros. Basta olhar para a cidade, para as casas, todas as igrejas, escolas, hospitais, lojas, mercado, empresas, postos de combustíveis, bancos, nada escapou. É como se tivéssemos de começar a cidade novamente.” 

O Pastor Farai informa que, mesmo diante da catástrofe e sem a Igreja física, neste momento, eles seguem levando a Palavra de Deus aos moçambicanos, crendo que Deus pode auxiliar nesse momento de tamanha
dificuldade.

É o que também relata o Bispo Honorilton Gonçalves, responsável pelas atividades da Universal no país. “A Universal teve 17 Igrejas atingidas, inclusive a sede da província também foi muito atingida. Mesmo assim os pastores continuam fazendo reuniões improvisadas no estacionamento. O povo está na fé. Não aconteceu nada com os pastores nem com os seus familiares. Também não temos notícias de que tenha acontecido alguma coisa com os obreiros ou com os membros da Igreja”, afirma.

“Nós pedimos a todos no Brasil que também se unam nessa corrente de orações. Nós cremos que a província de Sofala vai ser ainda mais forte, a cidade de Beira vai ser ainda mais forte. A Igreja vai ser ainda mais forte lá naquela província”, conclui o Bispo Gonçalves.

Ajuda e doações
Até o momento, a Universal já doou mais de quatro toneladas de alimentos e mais de 23 mil litros de água potável às vítimas. “Deus não nos abandonou. Estamos fortes. Estamos todos  na fé”, afirma José Guerra.

Os alimentos estão sendo doados ao governo de Moçambique. José Guerra, com o responsável pelo FJU no país, Pastor Felipe Cerqueira; e o Pastor Tarcísio da Costa Carneiro se reuniram com Domingos Coana, diretor nacional de Administração e Recursos Humanos do Instituto Nacional de Gestão das Calamidades Naturais.

A ação do grupo Força Jovem Universal (FJU) local contou com o apoio da TV Miramar, parceira moçambicana da Record TV.

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Colaborador

Andre Batista / Fotos: Cedidas