“Dona Geninha é símbolo da mãe coragem”

Em entrevista à Folha Universal, a atriz Beth Goulart conta detalhes de sua personagem em Nada a Perder – O Filme

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Nada a Perder, trilogia de livros que conta a trajetória do Bispo Edir Macedo, é um best seller que já vendeu mais de 7 milhões de exemplares em vários países.

A história do livro, que foi traduzido para cinco idiomas, chega aos cinemas de todo o Brasil no dia 29 de março. O filme traz um elenco de peso, como os atores Petrônio Gontijo, que viverá o Bispo Edir Macedo; e Day Mesquita, que será Ester Bezerra, entre outros. Quem também integra o grupo é a atriz veterana Beth Goulart, que viverá dona Geninha, mãe do Bispo Macedo.

Eugênia Macedo Bezerra, mais conhecida como dona Geninha, foi uma referência na vida dos sete filhos. No livro Nada a Perder 1, o Bispo Macedo fala com carinho dos ensinamentos que recebeu dela. “Minhã mãe era a protetora do lar, a mulher que nos criou com amor e zelo tão grandes que nos fizeram jovens sem rebeldia. Ela me ensinou a rezar o Pai-Nosso e, à sua maneira, a acreditar em Deus.”


Papel fundamental

Dona Geninha teve um papel fundamental na vida e no ministério do Bispo. Ela tomou uma decisão que para muitos pareceria loucura: foi fiadora de um imóvel, uma antiga funerária, para que ali o filho Edir pregasse a Salvação e a mudança de vida aos sofridos.

A mãe do Bispo Macedo deu como garantia seu único apartamento, situado no Largo da Glória, no Rio de Janeiro. Sua atitude deu início ao trabalho evangelístico que acontece hoje no mundo inteiro.

Em entrevista exclusiva à Folha Universal, a atriz Beth Goulart conta detalhes de dona Geninha, personagem fundamental na história do Bispo Macedo e da Igreja Universal do Reino de Deus.


Folha Universal (FU): Como recebeu o convite para interpretar dona Geninha?

Beth Goulart (BG): Fui convidada pelo Alexandre Avancini, o diretor do filme, e isso me deixou muito feliz, pois é um personagem lindo, cheio de força e de amor.

FU: De que forma compôs essa personagem, que teve grande participação na trajetória missionária do Bispo Macedo?

BG: Todo o trabalho de pesquisa teve como ponto de partida o livro Nada a Perder. Retiramos dele as referências emocionais e visuais, as informações biográficas, quanto à sua personalidade, em relação aos acontecimentos marcantes de sua vida, as descobertas religiosas, os desafios, as conquistas e desdobramentos naturais da vida desta família e o desenvolvimento da relação de amor desta mãe com seu filho, uma relação de cumplicidade, confiança e fé.

FU: Como foi esse trabalho de preparação relacionado às fases de vida do Bispo?

BG: Tivemos um trabalho de preparação anterior às filmagens para construir a intimidade dessa mãe com seus filhos. Criamos alguns códigos de comportamento, alguns gestos característicos e as brincadeiras que se repetiram com os três atores diferentes que viveram cada faixa etária do Bispo. E foi realizado um trabalho de envelhecimento de dona Geninha em cada uma dessas fases. Vivo dos 35 aos 79 anos de idade dela.

FU: Você cedeu algo de sua personalidade para dona Geninha?

BG: Utilizei minha experiência de mãe e me coloquei no lugar dela. Dona Geninha é um símbolo da mãe coragem, aquela figura que agrega sua família, uma mulher forte que passa os princípios de ética e uma educação com valores morais bem definidos. Ela teve sete filhos, enfrentou dificuldades, mas tinha uma fé inabalável e uma confiança na capacidade de seu filho no caminho da dedicação missionária. Ela sempre soube que ele era especial e passou a segurança de enfrentar os desafios para ele. Dona Geninha foi o esteio da família e a grande referência de amor e fé do Bispo Macedo.

FU: Na sua opinião, qual é a missão do filme e de sua personagem?

BG: Mostrar um exemplo de fé e de dedicação missionária. Minha personagem mostra a força da mulher, a importância do amor, da dedicação, da união e da educação para o caminho do bem.

FU: Você é uma atriz veterana e já fez inúmeros personagens de sucesso. Sempre aprende algo com cada personagem que vive?

BG: Cada personagem é uma oportunidade de aprendizado e temos a chance de vivenciar histórias de vida diferentes das nossas. Isso nos dá uma capacidade de compreensão maior, uma compaixão pelo sofrimento dos outros e amplia nosso olhar para a vida e a humanidade.

FU: O que acha da história do livro ser retratada no cinema?

BG: O cinema é um lugar mágico que nos leva a vivenciar emoções, sensações e reflexões. A função da arte é provocar nossos sentidos e nossa sensibilidade. Espero que gostem dessa história de vida.

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Colaborador

Por Maiara Máximo/ Fotos: Stella Carvalho, Arquivo Pessoal com imagens publicadas no livro "Nada A Perder 1"