A família cada vez mais sob ataque
O Código Civil brasileiro estabelece, em seu artigo 1.723: “É reconhecida como entidade familiar a união estável entre o homem e a mulher, configurada na convivência pública, contínua e duradoura e estabelecida com o objetivo de constituição de família”. A Constituição Federal, em seu artigo 226, completa essas disposições e observa que, por lei, são reconhecidas três variações de configuração de família: a formada por homem e mulher no civil ou no religioso com efeitos civis, pela união estável e a por qualquer dos pais e seus descendentes (quando acontece a perda do cônjuge por morte ou separação legal e o que permaneceu vivo cuida dos filhos).
No mesmo artigo 226, a família é citada como alicerce da sociedade, que merece amparo especial do Estado – portanto, quando o próprio governo quer minar os alicerces familiares, ele mesmo estaria desrespeitando a Constituição, pois é sua obrigação zelar pela família e não sabotá-la. No entanto a ferrugem da pós-modernidade vem corroendo por dentro os alicerces familiares, apesar da lei. Segundo o Censo Demográfico do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), realizado em 2010 (em 2020 não foi realizado, como seria adequado a cada dez anos, por causa da pandemia de Covid-19), o modelo familiar formado por pai, mãe e filhos deixou de ser maioria no Brasil. Os “novos modelos” já figuravam em 50,1% dos lares brasileiros contra 49,9% da formação tradicional, na época.
Em 2019, houve mais uma tentativa de dinamitar esse pilar da sociedade. O deputado federal Orlando Silva (PCdoB-SP), ex-ministro de Lula e de Dilma Rousseff, apresentou uma proposta comicamente intitulada Estatuto das Famílias do Século XXI, que sugere que a lei defina como famílias “todas as formas de união entre duas ou mais pessoas que para este fim se constituam e que se baseiem no amor e na socioafetividade, independentemente de consanguinidade, gênero, orientação sexual, nacionalidade, credo ou raça, incluindo seus filhos ou pessoas que assim sejam consideradas”. Pouco antes disso, demandado por partidos de esquerda – defensores ferrenhos do tema –, o Supremo Tribunal Federal (STF) reconheceu a união estável de homossexuais.
Quem não se lembra das frequentes tentativas dos governos esquerdistas de instituir livros didáticos com conteúdo inapropriado para crianças e adolescentes, tentando doutriná-los com ideais contra a família tradicional e direcioná-los à esquerda, mostrando famílias tradicionais em fotos que passavam a ideia de formações ultrapassadas e tornando atraentes as que mostravam casais homoafetivos com crianças? Não há família modelo, mas “modelos de família”, segundo eles.
A mídia também ataca o seio familiar com desenhos, filmes, séries, novelas e afins que mostram o casamento tradicional como uma instituição falida e, antes mesmo dele, personagens atraentes para as crianças e adolescentes em namoros e envolvimentos banais com pessoas do mesmo gênero. Dos seis aos oito anos, uma criança é fortemente influenciada midiaticamente na formação de sua personalidade – daí esses ataques.
De novo dentro da lei, houve mais tentativas de desestruturar a família com a descriminalização de drogas, como aconteceu nos últimos anos com a legalização da maconha em países como Estados Unidos e Canadá – sendo que no Brasil, qualquer um já fuma a erva pelas ruas e espaços públicos sem o menor constrangimento, apesar da ilegalidade.
A lei, quando manipulada pela esquerda, ataca até fisicamente. A Colômbia acaba de aprovar a descriminalização, ou seja, que não seja mais crime, o aborto até a 24a. semana de gravidez (cerca de seis meses), sendo que antes ele só era permitido quando a saúde ou a vida da mãe estivessem em risco, se a gravidez fosse resultante de violência sexual ou incesto ou se houvesse malformação do feto.
Não é de se estranhar, diante disso tudo, que a esquerda ataque tanto a Igreja, que prega a harmonia no lar, pois uma família desajustada, sem apreço aos valores essenciais, como a fé em Deus, por exemplo, tende a ter filhos que não têm apreço por seus pais e, como anda em moda, “mandar” neles.
A Universal está promovendo uma grande ação em favor da família. Se você tem apreço pela sua e não aceita essa investida diária contra ela, se informe e lute com todas as suas forças, contando com o auxílio de Deus para mantê-la em outro patamar, ou restaurá-la, caso ela já tenha sido atingida. Não esqueça: a família é um projeto de Deus.
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