Bonita, competente e deprimida
Atriz norte- americana é encontrada morta por aparente suicídio e deixa cartas em que alegava sofrer de depressão
Pouco antes da zero hora do dia 15 de novembro, a atriz norte-americana Lisa Lynn (foto abaixo) Masters foi encontrada morta no armário de um quarto de hotel em Lima, capital do Peru, por causa de um aparente suicídio. Funcionários do estabelecimento encontraram a veterana atriz de TV enforcada com uma saia comprida, segundo a polícia local, que prossegue com as investigações para confirmar se a atriz tirou mesmo a própria vida. No quarto foram encontrados medicamentos antidepressivos e duas cartas em que Lisa alegava sofrer com depressão. Ela estava na capital peruana cumprindo um compromisso profissional como modelo.
Aos 52 anos e muito bonita, Lisa participou do elenco de séries famosas – como Gossip Girl, Ugly Betty, Lei e Ordem – Unidade de Vítimas Especiais – e recentemente trabalhou em Unbreakable Kimmy Schmidt, comédia de grande sucesso atualmente.
Nascida no Estado interiorano do Nebraska, Lisa ganhou concursos de beleza e investiu na carreira artística e de modelo, mudando-se para Nova York, grande polo do cinema e da televisão, onde chegou a trabalhar como repórter, pois era formada no curso superior de broadcasting, equivalente no Brasil ao de rádio e TV, além de ter mestrado em jornalismo. Isso lhe abriu portas para a atuação e participou de várias séries e filmes como Nova York Sitiada e Mulheres Perfeitas. Também escritora, nunca deixou de “modelar” e publicou em 2006 o livro Como Fazer Dinheiro Trabalhando como Modelo (tradução livre) – o que, para ela, funcionava pelo menos em teoria, como se soube depois de sua morte.
Perseguir o sucesso no duro ramo do entretenimento foi o estopim para a depressão da versátil profissional, segundo conta a imprensa norte-americana e britânica. O jornal sensacionalista Daily Mirror publicou uma resposta que Lisa teria dado a amigos em um post de rede social, no qual a felicitavam pelo bom desempenho em um papel: “Obrigada! Aprecio seu reconhecimento. É um mercado brutal e desolador. Já fui dispensada, rejeitada e preterida em muito mais papéis e trabalhos do que vocês nunca imaginaram”. A alguns conhecidos ela se abriu sobre como havia sido traiçoeiramente “riscada” de uma série televisiva em que teria um significativo papel, apesar de seus constantes esforços e dedicação pela carreira, e como isso a afetou psicologicamente.
Apesar da determinação, nunca fez grande fama e fortuna. Atualmente, amigos realizam uma campanha de crowdfunding (financiamento coletivo) na internet para ajudar o viúvo de Lisa nas despesas do traslado do corpo da esposa e com o funeral.
Escolha errada
Se foi mesmo suicídio, como as pistas deixam transparecer até o mais recente informe da polícia peruana, a morte de Lisa levantou várias questões, desde as “sujeiras” do mercado do entretenimento até a opção por tirar a própria vida por causa de depressão. E essa última chama mais atenção.
Lisa era uma mulher bonita, determinada e, até onde se sabe, dedicada e competente. Mas não colhia os mesmos frutos que outros astros e estrelas. Em alguns artigos, a imprensa internacional relembra o caso do ator Robin Williams, que no ano passado também se suicidou por causa da depressão, com a diferença de ele já ter gozado de grande sucesso mundial e ter recebido grandes prêmios, como um Oscar.
Como Williams e a atriz de TV, o que leva alguém a desistir de tudo e dar cabo da própria existência terrena, pondo em perigo a Salvação após a morte física? No caso de Lisa, um fator é claro: ela realmente se dedicava, “corria atrás”, além de ter os trunfos da beleza e da boa formação acadêmica, mas fazia isso tudo confiando demais na própria força de um ser humano. Como muitos, ela fazia isso com as melhores intenções, pois a sociedade vive pregando que esforço merece ser recompensado e que sonhos devem ser perseguidos, mas essa mensagem é limitada, ficando apenas no plano humano.
A própria Bíblia, milênios atrás, já advertia sobre isso num versículo que muitos interpretam de forma vaga: “Maldito o homem que confia no homem, e faz da carne o seu braço, e aparta o seu coração do Senhor!” (Jeremias 17.5). O versículo seguinte compara o ser humano que se vale só dele mesmo como uma árvore fincada no deserto, em solo pobre, do qual não pode extrair nutrientes, água e força
para viver.
Porém, logo em seguida, vem escrita a solução bem clara: “Bendito o homem que confia no Senhor, e cuja confiança é o Senhor. Porque será como a árvore plantada junto às águas, que estende as suas raízes para o ribeiro, e não receia quando vem o calor, mas a sua folha fica verde; e no ano de sequidão não se afadiga, nem deixa de dar fruto (Jeremias 17.7,8).
De que adianta trabalhar anos a fio, perseguir seus propósitos para sua própria glória, se o fim for ser infeliz e não se sentir realizado e em paz consigo mesmo?
Na vida não passamos apenas por bons momentos. Se recebeu um não do chefe, do marido, da esposa, continue lutando, pois a felicidade não está em vencer todas as lutas, mas em não desistir de vencer a guerra.
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