A ditadura comunista chinesa deu mais um passo no cerceamento à liberdade dos cidadãos. Dessa vez, um aplicativo de conversas particulares teve o funcionamento bloqueado no país, gerando indignação de milhões de pessoas.

O aplicativo em questão chama-se Clubhouse. Ele proporciona aos usuários salas de bate-papo, onde apenas mensagens de áudio podem ser enviadas, sendo que elas são apagadas algum tempo após o envio. A rede social ganhou destaque na China nas últimas semanas, mas a liberdade de utilizá-la durou pouco.

A BBC teve acesso a algumas dessas salas de bate-papo, onde chineses se comunicavam com pessoas de fora do país – algo muito raro de ser permitido. No aplicativo, eram discutidas questões como a democracia, campos de concentração chineses, direitos humanos e outras questões políticas.

Embora as autoridades chinesas não tenham se manifestado oficialmente sobre o aplicativo, ele deixou de funcionar no dia 08 de fevereiro. Simultaneamente, mais de 100 mil pessoas utilizaram a mídia social mais popular no país – Weibo – para denunciar a censura com a #ClubhouseBlocked.

Entretanto, no mesmo dia, a hashtag desapareceu de todas as mídias sociais, comprovando a censura chinesa.

O jornal governista Global Times publicou que a censura não é real e que muitos usuários “expressaram preocupação com a plataforma sendo usada para propaganda anti-China”. Além disso, o jornal afirmou que “a plataforma ainda se encontra nas fases iniciais de desenvolvimento” e que poderá voltar a funcionar, desde que mantenha “um ambiente de comunidade amigável”.

Ou seja: desde que seus usuários não critiquem a ditadura comunista em vigor.

Embora essa realidade possa parecer distante do Ocidente, ela está muito próxima. Até países democráticos, como os Estados Unidos, sofrem com a censura esquerdista. Exemplo disso é o banimento de Robert F. Kennedy Jr. das mídias sociais após ele expressar sua preocupação em relação às vacinas anti-COVID-19.

Até mesmo o ex-presidente Donald Trump foi expulso das mesmas mídias sociais.

No Brasil, o Twitter apagou postagens do Presidente Jair Bolsonaro. E, enquanto essa censura acontece contra a direita, o “ódio do bem” esquerdista ganha cada vez mais espaço.

O Brasil pode estar longe da China, mas o pensamento censurador comunista já está aqui.