O começo da Universal
Cristiane Cardoso relata experiências vividas em família no início da Igreja. Acompanhe abaixo como foram esses momentos em seu relato
Na época em que meu pai começou o trabalho da Igreja Universal, minha irmã e eu éramos muito pequenas ainda, mas eu me lembro de sentir falta da igreja que pertencíamos. Toda nossa família era de lá e a escolinha dominical era muito legal. Quando eu ficava com a minha avó ou minhas tias, elas me levavam pra igreja delas, e eu gostava bastante, até porque na igreja do meu pai, não tinha nem escolinha nem primas pra brincar comigo.
O tempo foi passando e eu ia cada vez menos na igreja das minhas tias e isso me incomodava bastante, especialmente, quando íamos visitar minha avó e parecia que já não fazíamos mais parte daquela família, não porque minha avó falava ou nos tratava diferente, mas porque já não pertencíamos mais ao mesmo ambiente. Isso doeu muito em mim, pois não via sentido dos nossos pais terem saído da igreja. Sem contar que a Igreja Universal era feinha, uma antiga funerária, não tinha nada pra criança lá.
Pra ser sincera com vocês, eu não gostei nada da igreja do meu pai inicialmente, ela nos tirou da família e do conforto da igreja em que íamos, mas eu não falava nada pra eles, não queria chateá-los, eles já sofriam demais com os problemas de saúde da Vivi e a minha constante bronquite asmática. Ninguém dormia em casa quando eu tinha as crises, que vinham toda vez que o céu do Rio de Janeiro ficava nublado.
Minha mãe também sofreu muito nesse início da igreja, primeiro porque ninguém acreditava que o que eles estavam fazendo ia dar certo, segundo que ela também acabou se sentindo isolada da família que agora não tinha tanta intimidade assim com ela, já que não pertencia mais à mesma igreja. Ela estava só, com duas filhas doentes, e um marido bastante ausente devido ao início da Obra, já que meu pai era obreiro, faxineiro, evangelista, pastor, conselheiro, etc, etc, etc. Ela ficou literalmente só, creio que foi nessa época que Deus a moldou mais. Ela tinha que ser forte pra gente, pro meu pai, para as pessoas novas que chegavam à igreja diariamente, e para os de fora que não acreditavam neles. Ela foi tão forte que a primeira vez que a vi chorar foi num evento assustador, que contarei no próximo post…
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