thumb do blog Cristiane Cardoso
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Amor de irmãs

Confira como era o nosso relacionamento dentro e fora de casa

Imagem de capa - Amor de irmãs
Eu e a Viviane éramos inseparáveis e ao mesmo tempo, brigávamos como cão e gato. Pois é, essas duas mocinhas aí se amavam, mas também deram muito trabalho para a minha mãe. Lembro-me dela sempre falar sobre a história de José e como eu precisava ser compreensiva com a Vivi, afinal, a minha irmãzinha já tinha passado por várias cirurgias e aquilo afetava o humor dela. De fato, a Vivi era muito tempestiva e eu sempre acabava cedendo…
Engraçado que na rua, eu é que a protegia, mas em casa, eu apanhava. Quando eu fazia aniversário, todo mundo tinha que trazer presente pra Vivi senão ela ia dar um show. Já no aniversário dela, eu não ganhava nada, mas me contentava em saber que pelo menos minha mãe não precisava lidar com os meus problemas.
Eu sabia que todo mundo gostava mais da Vivi, ela sempre foi muito engraçada e devido a tudo que ela já tinha passado, as pessoas acabavam querendo compensar dando a ela mais atenção, e no fundo, eu gostava disso, queria mesmo que ela fosse o centro da atenção. Eu me retraia e pensava comigo, “pelo menos nisso quero que ela tenha mais que eu”. No fundo, eu me sentia culpada por ter nascido perfeita e ela não. Não foi isso que minha mãe havia me ensinado, mas foi isso que acabei fazendo inconscientemente. Me retrai tanto que me anulei totalmente, o que na vida adulta veio a fazer sentido só depois que me casei, quando acabei fazendo o mesmo com o Renato Cardoso e isso me trouxe vários problemas no casamento. Por outro lado, aprendi a servir em vez de querer ser servida, a compreender em vez de querer ser compreendida, dar em vez de querer receber.
A história continua…
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Colaborador

Cristiane Cardoso