“Tratamento de saúde” divulgado por celebridades pode matar
Você segue os exemplos de influenciadores digitais sem questionar suas práticas?
Uma das cantoras mais populares da Ásia, Andien Aisyah, causou surpresa em seus fãs ao mostrar, no Instagram, que dorme com uma fita adesiva na boca, assim como seu esposo e seu filho, que tem apenas dois anos de idade.
Essa prática foi inventada na União Soviética e é chamada de buteyko. Promete acabar com a apneia do sono, com o ronco e com a sensação de garganta seca. Também promete ajudar a respirar melhor e acabar com o mau hálito. Ademais: obesidade, diabetes e até depressão acabariam quando o buteyko é praticado.
Nada disso, porém, é comprovado pela Ciência.
O perigo das redes sociais
O buteyko foi criado nos anos 1950 e, desde então, pouco foi difundido – já que não há base científica para sua prática. Entretanto, quando celebridades como Andien adotaram a prática, começaram a surgir inúmeros casos de pessoas que passaram mal durante o sono, justamente por copiarem os modelos.
Celebridades como Andien são chamadas de “influenciadores digitais” porque, evidentemente, influenciam milhões de pessoas a seguirem os mesmos comportamentos. O problema é que muitos desses comportamentos – como dietas insalubres e o buteyko – podem matar.
É o que explicou o otorrinolaringologista Nirmal Kumar, que também é presidente da organização médica britânica Ear, Nose and Throat UK (“Ouvido, Nariz e Garganta do Reino Unido”, em tradução livre). Essa entidade reúne médicos desta especialidade para debates e estudos científicos.
À BBC britânica, Kumar explicou que respirar pela boca é o sintoma de um problema. Não o problema em si. Quem respira pela boca já tem dificuldade de respirar pelo nariz. Quando essa pessoa cola a boca durante a noite, apenas dificulta ainda mais o funcionamento de seu organismo.
Para crianças, essa prática é especialmente perigosa. “Essa é a última coisa que aconselhamos, porque existe um perigo significativo de morte no berço”, afirmou o médico.
Qual modelo você segue?
Todas as pessoas seguem um modelo. A diferença está em esse modelo ser bom ou ruim. Quem explica é o Bispo Renato Cardoso:
“Todos nós nos moldamos a algum modelo ou padrão ao qual aspiramos. As mulheres nas capas das revistas são apresentadas como padrão de beleza. As propagandas em todos os meios anunciam o ‘melhor’, ‘ideal’, ‘mais moderno’, ‘novo’ produto, serviço ou estilo de vida para as pessoas. É assim que o ser humano funciona. Desde crianças, aprendemos a filmar tudo e todos ao nosso redor. E os modelos e padrões mais impactantes acabaram nos programando para segui-los”.
De acordo com ele, “é bem verdade que não gostamos de admitir isso. Em nossa cabeça, somos independentes, livres e muito mais avançados do que nossos pais. Mas, basta um autoexame sincero de nosso comportamento para enxergarmos o que não queremos ver. Reproduzir em nosso comportamento o que vimos e aprendemos é inevitável. A não ser que aconteça uma intervenção”.
Essa intervenção deve partir da própria pessoa. Ao perceber o modelo que tem seguido, ela deve utilizar sua inteligência para avaliar se é bom ou não. Copiar uma cantora que cola a boca de um bebê com fita adesiva, por exemplo, não é bom.
“Quando você identifica os maus modelos e padrões que lhe influenciam, você pode, conscientemente, rejeitá-los e procurar outros padrões, melhores e mais produtivos para você”, orienta o Bispo. “Isso é uma decisão consciente que você tem que tomar. É difícil fazer a mudança. Leva tempo. Exige a quebra de paradigmas. Às vezes, só mesmo a intervenção Divina é capaz de realizar a mudança”.
Quer entender melhor sobre os padrões e modelos que você segue e como eles te influenciam? Então, clique aqui e leia o artigo completo do Bispo Renato Cardoso.
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