Entra ano, sai ano, a mesma cena se repete: às vésperas do Dia das Mães, dos Pais, dos Namorados ou das Crianças, milhões de pessoas se aglomeram nas lojas para comprar presentes. Independentemente do valor, o que importa nessas horas é a atenção e o cuidado atribuído à escolha, que tende a ser criteriosa. Quem recebe o presente sabe que a intenção vale muito mais do que o valor gasto. Tanto isso é verdade que um simples desenho em uma folha de sulfite, por vezes, vale muito para a mãe que o recebe de um filho e um abraço entre duas pessoas que não se viam há anos dispensa qualquer retribuição material.

Quando falamos em agradar a Deus, o que qualifica o valor do nosso presente, seja ele grande, seja pequeno, é a nossa entrega: é o que fazemos – e não apenas o que dizemos – que O faz lembrar do quanto realmente O desejamos. Esse desejo, essa sede, atrai a Presença dEle para perto de cada um de nós.

A auxiliar de limpeza Daniela Luiza de Medeiros Costa, de 28 anos, teve esse entendimento com o passar do tempo, pois suas escolhas adiaram a vivência dessa experiência. Apesar de frequentar a Universal desde os 8 anos, Daniela ia às reuniões só para agradar sua mãe, mas, atraída pela curiosidade de conhecer o que o mundo poderia lhe oferecer, ela se afastou da igreja. Na época com 16 anos, ela entrou em um “relacionamento errado”, comenta. O término dele a abalou profundamente. “Fui tratada como se fosse descartável. Por me sentir rejeitada, fiquei depressiva e também tive síndrome do pânico. Minha vida era um tormento de dia e de noite”, se recorda.

Mesmo diante de tanto desespero, Daniela sabia de duas coisas: não havia outro caminho além da volta à presença de Deus e que Ele não a abandonara. “Eu que me distanciei dEle e deixei de agradá-lO quando passei a desobedecer seus ensinamentos. Detectei que o motivo da minha saída era não ter o Espírito Santo e decidi agarrar aquela oportunidade, que poderia ser a última. O fato de o Jejum de Daniel começar logo depois me ajudou”, descreve.

Daniela passou a fazer o que tinha deixado de lado havia muito tempo: meditar na Palavra de Deus, jejuar e orar mais. Ela sempre reservava um momento a sós com Deus quando estava em casa. “Recebi o Espírito Santo no primeiro Jejum de Daniel. Nunca me esqueço daquele 15 de abril de 2011, pois faltavam dois dias para o término dos 21 dias. O complexo, o medo, o nervosismo e a depressão tiveram fim. Recebi uma paz e uma certeza que arrancaram todo o vazio que existia em mim. Mesmo tendo feito muitas coisas erradas, o meu Deus foi misericordioso e, de brinde, me presenteou com o bem mais precioso que alguém pode ter: o Espírito Santo. Passei a agradar a Deus e Ele me agradou me dando o Seu Espírito. Quero levar às pessoas que ainda não O têm o que recebi”, declara.

AGRADÁVEL PARA DEUS
Desde 22 de setembro, milhares de pessoas no Brasil e no mundo escolheram fazer do Espírito Santo sua prioridade, por meio da participação no Jejum de Daniel – 21 dias agradando ao Espírito Santo.

Desta vez, o Jejum não inclui apenas a abstinência de informações seculares. Cabe a cada um fazer uma análise diária para identificar o que tem feito para atrair e agradar ao Espírito do Altíssimo. Em Salmos 37.4, há um direcionamento certeiro para aqueles que desejam ter o Espírito de Deus: “Agrada-te do Senhor, e Ele satisfará os desejos do teu coração”. Ao fazer isso se tem a garantia da maior de todas as satisfações, que é pertencer a Ele.

O verbo agradar significa trazer satisfação. Na escola, aprendemos que ele pode ser acompanhado do artigo “a”, pois quem agrada, agrada a alguém. Mas é necessário entender que não é possível agradar alguém ficando de braços cruzados, sem fazer nada, de forma passiva, ou apenas da boca para fora: é preciso agir, fazer algo.

Como o Espírito Santo não é dado para nos servirmos dEle, mas para que possamos servir e ajudar a levantar espiritualmente quem precisa, dar esta Vida que recebemos ao longo destes 21 dias é fundamental.

Ainda assim, não se pode apenas socorrer o próximo e esquecer de socorrer a si mesmo. Isso acontece quando renunciamos a uma mágoa, à malícia, à preguiça, ao comodismo, aos maus olhos e até ao orgulho e, com isso, conquistamos o
crescimento espiritual.

Para tanto é preciso dar o primeiro e mais eficiente passo de todos: a autoavaliação. Inspire-se em 2 Coríntios 13.5: “Examinai-vos a vós mesmos se realmente estais na fé; provai-vos a vós mesmos”. Isso porque, muitas vezes, agradá-lO é também contrariar-se.

O TAMANHO DA SUA VONTADE
Mas, afinal de contas, aqueles que desejam o batismo com o Espírito Santo têm mostrado isso com suas atitudes? Sabem ao menos para que ou por que querem tê-lO? E os que se dizem selados com o Espírito Santo têm demonstrado mais disposição para servi-lO do que somente para apresentar desculpas? Estariam esses cheios de si ou do “conhecimento da Sua Vontade em toda a sabedoria e inteligência espiritual”? (Colossenses 1.9). Está aí uma grande chance para descobrir.

O Bispo Macedo reforça que este propósito é para todos os que creem, independentemente de idade ou religião: “Jesus disse: ‘Se alguém tem sede, venha a mim (João 7.37).’ Então, se você tem sede do Espírito de Deus, você está convidado a participar deste jejum”, finaliza.
Ainda há tempo para viver este propósito: basta querer. Afinal, quem tem a ganhar ou a perder espiritualmente é você.

Colaborou: Camila Teodoro