No episódio 19 do podcast “Plot Delas”, Marelis Brum, Fabíola Bianco e Mariana Vasconcellos receberam a responsável pela gestão dos figurinos das séries que assistimos no Univer Vídeo, Méuri Luiza. Ela comentou sobre a sua experiência nos bastidores bem como os desafios de gerir projetos de séries audiovisuais, onde cuida do figurino, da caracterização e do efeito.

Esta é a segunda vez que Méuri participa do podcast. Ela ajudou na escrita de ‘Rei Salomão’ e sobre isso comentou: “… um grande prazer. É tão gostoso escrever algo que é da Palavra de Deus, algo bíblico. Eu amo escrever, eu acho que isso é um presente que Deus nos dá. E eu tive o prazer de participar dessa escrita.”

Como pensar o figurino e a caracterização

Durante o podcast, elas conversaram sobre a nona e a décima temporada de “Reis” e a produção “Até onde ele vai”. Foi a partir da nona temporada de Reis – A Sucessão – que Méuri passou da escrita para a gestão de figurino.

Nesse ínterim, ela explicou que cuida de três frentes: o figurino que é a roupa; a caracterização que engloba maquiagem e cabelo; e o efeito que são artifícios como o sangue, o suor, o machucado, a cicatriz. Tudo pensado de acordo com o que a cena exige e com o contexto da história.

“Salomão teve mil mulheres. Mas como era a vida de Salomão? Ele fazia negócios, era um grande estrategista. Então, não é que ele teve contato com essas mil mulheres. Os reis, os príncipes da época faziam esse acordo, dando as filhas para Salomão. Então, foi por isso que teve paz em Israel todo o tempo do reinado dele. Só que onde que ele ia colocar ali em Jerusalém, que é uma cidade pequena, todas as esposas dele? Era uma pergunta que estava na nossa mente. E os historiadores nos explicaram que muitas esposas ficavam na casa do próprio pai. Veja a vida sofrida que essas mulheres tinham. Elas eram um acordo. E muitas vieram de vários lugares”, pontou.

Então, ela destacou: “Por exemplo, a gente teve uma egípcia, a Nebset. E o Egito era muito rico. Então, o Egito tinha o lápis-lazúli e usamos o azul nela. Tinha seda, tecidos riquíssimos e pudemos ousar mesmo. Já a Naamá era uma amonita, mas como Salomão a sustentava, então pudemos ter esse figurino muito rico. Então, a gente estudou muito cada etnia. E como que a gente foi estudar isso? O figurinista estuda aquela época, o que poderia ter lá”.

Bastidores e desafios desta experiência

Méuri contou que a cena final da temporada foi a mais marcante para ela e relatou um pouco sobre como foi prepará-la.

“A gente colocou o figurino, e ele estava muito simples. Veio de um Salomão que estava enriquecido, com dourado, com ouro, ele tinha as joias douradas, com pedras preciosas. O chão do quarto, do cenário, foi feito de mármore. As camas eram de madeira maciça. As cortinas eram renda pura. Era tudo muito detalhado. A cenografia teve um cuidado muito grande com isso. O figurino dele também, muito detalhado, muito enriquecido. E, na última cena, a gente pensou: como ele vai estar. Porque, nesse momento, ele perdeu tudo. A Naamá tinha morrido e o filho o desprezou. A gente colocou uma roupa de linho fino, detalhada, mas simples. Tiramos todas as joias, a coroa e deixamos ele descalço”, contou.

E ressaltou: “Nessa cena, o ator – o Guilherme – se imbuiu mesmo da dor de Salomão. Quando ele começa a escrever ‘vaidade, tudo é vaidade…’ e olha para o lado, e tem aquela cena maravilhosa, que é a cena das cortinas, ele vê ali a família que ele poderia ter. Mas ele deixou tudo por conta de uma vaidade. Que bom que no fim da vida, ele descobriu sobre a vaidade.”

“Nós lutamos para levar Salvação para as pessoas”

Ela ainda ressaltou a importância espiritual do seu trabalho levando a Palavra e, sobretudo, a Salvação para quem assiste às séries.

“Nosso trabalho tem um propósito; lutamos para levar Salvação para as pessoas. Nosso trabalho ali da Seriella é salvar. Levar Salvação a todo momento. Jesus está voltando, a gente não pode parar um minuto. Você tem que falar de Jesus a todo momento. E nessa cena, todo mundo que estava ali ficou parado. Ficou um silêncio no set. Dava para perceber que as pessoas estavam refletindo. Salomão – que teve tudo – foi o homem mais rico, mais sábio e ali sozinho, depressivo, totalmente cheio de dor. Então, essas cenas para a gente que escreve e produz são importantíssimas. Porque ali a gente está falando para as pessoas: ‘Existe um caminho. Acorda. Sua alma é muito importante. O trabalho que a gente faz das novelas bíblicas é para isso: salvar, salvar, salvar. Cada figurino que eu olho tem um propósito.”

Clique na imagem abaixo e assista a este episódio do podcast “Plot Delas” na íntegra:

Assista toda semana:

A saber, o “Plot Delas” é um podcast com episódios novos semanalmente pelo Univer Vídeo, que conta com convidados especiais, que respondem aquelas perguntinhas que todos os telespectadores querem fazer sobre as novelas e séries bíblicas da plataforma.

Leia também:

• “Plot Delas”: Dos episódios bíblicos à prática da fé no cotidiano
• O episódio de “Plot Delas” que revelou o lado humano do apóstolo Paulo
• O episódio de “Plot Delas” que mostrou o confronto entre Elisa vs Isabela
• A força de Elisa: fé, silêncio e entrega em “O Senhor e a Serva”