De uma “boneca sem vida” à uma mulher realizada
Rejeitada desde a infância, entre traumas, solidão e dor, Thayane Pereira encontrou na fé em Deus o caminho para recomeçar
A auxiliar de farmácia Thayane Pereira Assunção, de 27 anos, ao se referir à sua infância, conta que se sentia como “uma boneca sem vida”. Ela e a mãe foram abandonadas pelo pai ainda na maternidade e, consequentemente, ela cresceu em um lar desestruturado, sem afeto e sem a segurança paterna.
Do amor à mágoa
Aos 8 anos, Thayane foi molestada pelo namorado de sua avó na época. Ao perceber, sua mãe o expulsou de casa, mas o que parecia uma atitude de proteção e reconforto para ela, na verdade, foi de rejeição. Isso lhe gerou ainda mais traumas emocionais: “Ela me agrediu pelo que aconteceu, colocando a culpa em mim. E como ela estava grávida, ainda afirmou que, se perdesse o bebê, ela não me perdoaria. Eu a amava muito, mas depois disso só senti mágoa”.
Marcas na alma
Dois anos depois, os abusos recomeçaram, desta vez praticados pelo padrasto. A violência perdurou por cinco anos. “Aos 10 anos, passei a sofrer abusos sexuais por parte do meu padrasto. Sabia que não teria ajuda e me calei. Quando ele chegava bêbado, eu temia. Além de agredir minha mãe, ele sempre ia para o meu quarto”, recorda.
Carência e frustrações
Com o passar do tempo, Thayane passou a buscar compensar essa falta de afeto em relacionamentos, porém, sem sucesso. Então, aos 15 anos, deixou o estado do Acre e se mudou para o Rio de Janeiro.
Ao chegar lá, ela descobriu que estava grávida. “E, assim como eu era tratada, passei a tratar o meu filho. Ele sempre estava com alguém, pois eu não conseguia amá-lo. Meu desejo e prazer era estar em festas e com vários rapazes”, confessa.
Um vazio que virou depressão
Após tantas tentativas frustradas de encontrar algo que aliviasse as suas dores internas, Thayane desenvolveu depressão, síndrome do pânico profunda e crises de ansiedade. Chegou, inclusive, a se autoagredir e a desejar a morte.
A porta para a Vida
Aos 18 anos, ela retornou para a casa da mãe, no Acre. Nesse período, um rapaz com quem se relacionava sugeriu que ela buscasse ajuda espiritual na Igreja Universal. “E assim eu fiz. Ao frequentar as reuniões na igreja, ouvi falar sobre Deus e, em uma das orações, disse: ‘Eu não tive um pai ou família. Eu não tenho nada, apenas um vazio. Por isso, Te quero mais do que tudo’”, lembra.
Deus preencheu o seu interior
Nessa atitude de entrega, Thayane abriu mão dos seus pecados, dos traumas, das mágoas e do passado. Essa decisão resultou no seu Novo Nascimento e, por meio do batismo com o Espírito Santo, ela alcançou a mudança de vida e a felicidade que tanto buscava.
“Hoje as pessoas veem a diferença em mim. Quem levava trevas e brigas antes tem hoje a paz e leva a luz de Deus. Agora, eu tenho alegria e a oportunidade de ter uma família, sendo, de verdade, uma mãe e uma esposa”, conclui.
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