Em julho e agosto deste ano, a Terra registrou dias ligeiramente mais curtos. Segundo dados do Serviço Internacional de Sistemas de Rotação da Terra (International Earth Rotation and Reference Systems Service – Iers) e do Observatório Nacional, os dias 9 de julho, 22 de julho e 5 de agosto tiveram uma redução de até 1,5 milissegundo de duração.

A Ciência explica que esse fenômeno é resultado de fatores naturais. De acordo com o Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe), da Nasa e de observatórios internacionais, o encurtamento dos dias tem múltiplas causas: movimentação do núcleo líquido terrestre, variações atmosféricas, deslocamento das marés influenciadas pela Lua e até abalos sísmicos (tremores repentinos na superfície terrestre causados pela liberação de energia acumulada no interior da Terra). Embora imperceptível para o cotidiano das pessoas, a diferença preocupa sistemas que exigem extrema precisão, como satélites, GPS e operações bancárias.

Um alerta das Escrituras Sagradas

A Bíblia, porém, menciona a abreviação dos dias como um sinal do Fim dos Tempos. O Evangelho de Mateus, capítulo 24, relata que o Senhor Jesus, ao ser questionado por seus discípulos se haveria algum sinal de Seu retorno, responde com um sermão profético em que cita dias de aflição: guerras e rumores de guerras, fomes e pestes, terremotos, falsos profetas, esfriamento do amor e outros sinais que observamos claramente nos dias de hoje.

E, em determinado momento, Ele disse: “E, se aqueles dias não fossem abreviados, nenhuma carne se salvaria; mas por causa dos escolhidos serão abreviados aqueles dias” (Mateus 24:22).

A sensação de dias mais curtos

Mesmo que não percebamos as mudanças astronômicas, a rotina intensa, as inúmeras tarefas diárias e o excesso de informações contribuem para a sensação de que um dia não é suficiente para cumprir todas as nossas obrigações. Mal acordamos, o dia termina e logo estamos de volta à cama. A sensação é de que os dias estão se atropelando.

Diante desse cenário, há uma questão que precisa ser observada: o que tem sido prioridade em sua vida? Por conta de compromissos e afazeres, muitos acabam deixando de lado algo que é essencial: a comunhão com Deus.

Os dias mais curtos são, para algumas pessoas, meros fatores naturais, mas para nós, cristãos, é mais um lembrete de que o tempo é precioso e de que a busca diária pela salvação é urgente.

Reserve tempo para Deus

Cuidado com pensamentos como “Está muito corrido, Deus entende minha ausência” ou “Mais tarde eu oro, amanhã eu medito”. Eles minam sua fé e, quando você se der conta, estará distante da Presença de Deus. Não deixe que o ritmo frenético faça com que você perca o foco no que realmente importa: a vida eterna com Deus.

As pequenas ações fazem total diferença no seu dia e a constância em executá-las resultará na salvação de sua alma. Então, reserve um tempo diário para ouvir a voz de Deus por meio da meditação na Bíblia. É por meio dela que o Espírito Santo falará com você e o guiará. Fale sempre com Deus, pois a oração é o elo que une o ser humano ao Altíssimo. Faça isso nem que seja por alguns minutos. Não é o tempo que se dedica à leitura que importa, mas a qualidade dela.

O apóstolo Paulo, dirigido pelo Espírito Santo, orientou que remíssemos o tempo: “Portanto, vede prudentemente como andais, não como néscios, mas como sábios, Remindo o tempo; porquanto os dias são maus” (Efésios 5:15-16).

Remir o tempo é usá-lo de forma inteligente e com sabedoria. É quando, mesmo em meio à correria para cumprir tantos compromissos, a prioridade continua sendo manter a chama da fé acesa na conquista diária da salvação da alma.