Obra de Deus: tudo começa pela fidelidade nas primícias

Em reunião especial, a importância dos dízimos e ofertas foi reforçada como base na vida espiritual — inclusive para quem serve no altar

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Durante a reunião voltada para os servos, foi destacado um princípio espiritual que, muitas vezes, é negligenciado até mesmo por aqueles que já fazem a obra de Deus: a fidelidade nas primícias e nas ofertas. A mensagem, conduzida pelo Bispo Renato Cardoso antes da oração pelos nomes dos dizimistas escritos no denário — propósito realizado no mês do Reino de Deus —, chamou atenção para a seriedade do que é sagrado.

  • “Os dízimos e ofertas não são para Deus ter mais dinheiro. Não é para a igreja ter mais dinheiro. É para que nós venhamos lembrar quem é o nosso Senhor”, disse o Bispo.

Com essa afirmação direta, ele destacou o verdadeiro propósito do dízimo: manter viva a consciência de quem está no controle da vida do cristão. Quando alguém começa a se afastar de Deus, um dos primeiros sinais é parar de separar as primícias e ofertar. Isso acontece porque a confiança, que antes estava em Deus, passa a ser colocada no dinheiro.

Jesus foi claro: “Ninguém pode servir a dois senhores.” Ou se serve a Deus, ou se serve a Mamon — a riqueza. Assim, o dízimo se torna um lembrete prático e constante de que Deus está em primeiro lugar. E quem tem essa consciência, naturalmente, não precisa ser lembrado ou cobrado para agir com justiça.

As primícias começam no altar, mas não terminam nele

Os dízimos e a oferta são apenas o começo. O princípio da prioridade, que nasce no altar, precisa alcançar todas as áreas da vida. Quem honra a Deus primeiro deve também honrar seu cônjuge, sua família, seus compromissos e seus horários. Afinal, quem não tem ordem vive uma vida desorganizada — e colhe os frutos disso.

  • “Às vezes a pessoa dá 10% no altar, mas não honra os outros 90% com temor.”

Muitos dizem que Deus é tudo para eles, mas, na prática, O colocam em último lugar. Chegam atrasados na igreja, mas nunca chegam atrasados no trabalho, no cinema ou para assistir a um jogo. Esse comportamento revela falta de consciência e de prioridades.

Deus ama o juízo e odeia o roubo

No livro de Isaías, Deus declara que odeia o sacrifício feito com aquilo que foi roubado. Em outras palavras: não adianta ofertar quando a origem do dinheiro é desonesta — seja por meio de pirataria, sonegação de impostos, mentiras ou jeitinhos. O altar é lugar de verdade, não de fachada.

  • “Você pode ganhar rios de dinheiro com negócios escusos e dizimar. Mas Deus despreza o que você está ofertando, porque Ele sabe a origem daquilo”, comentou.

Jesus ensinou: “Dai a César o que é de César e a Deus o que é de Deus.” Isso significa viver com justiça e integridade. Mesmo que a pessoa não concorde com o governo, pagar impostos e andar conforme a lei é uma questão de consciência. E esse mesmo princípio vale para as coisas espirituais.

As primícias e a oferta é a porta de entrada

Nos tempos bíblicos, o altar ficava logo na entrada do Tabernáculo ou do Templo, ensinando uma lição clara: ninguém se aproximava de Deus de mãos vazias. Mesmo os mais pobres traziam algo — um pássaro, um punhado de farinha — fruto do seu esforço e respeito.

Essa prática fazia o povo valorizar aquilo que recebia de graça: a Palavra, a fé, a salvação. Nada disso tinha preço. Quando a consciência despertava, surgia a pergunta inevitável: “O que posso oferecer a Deus por tudo que Ele já me deu?”

O verdadeiro servo não precisa ser lembrado

O apóstolo Paulo orientou os cristãos da igreja primitiva a separarem suas ofertas antes mesmo de irem ao culto, para que não se perdesse tempo com coletas durante a reunião. Hoje, o verdadeiro servo reconhece que a oferta não é uma cobrança, mas um ato de gratidão.

  • “Mesmo se eu der tudo, ainda assim não posso pagar o que Deus fez por mim. Mas nem por isso vou deixar de honrá-Lo.”

Essa é a consciência que separa os fiéis maduros dos superficiais. Quem tem temor e tremor diante de Deus começa pela justiça com Ele — e leva esse comportamento para todas as áreas da vida.

Justiça e primícias começam com Deus — e se estendem à vida toda

Se você deseja receber bênçãos, pratique a justiça. Honre a Deus entregando seus dízimos, suas ofertas e cumprindo seus compromissos. Seja pontual, honesto e responsável. Afinal, suas pequenas atitudes sempre refletem a qualidade da sua fé.

  • “Jesus afirmou: quem demonstra fidelidade no pouco, também será fiel no muito. Mas, se você não permanece fiel nem no pouco, como poderá administrar o muito?”, concluiu.

Ao final da reunião, o Bispo Adilson Silva convidou os novos obreiros a se posicionarem diante do altar para a consagração. Com esse ato solene, a igreja celebrou mais um passo de fé e responsabilidade daqueles que decidiram servir a Deus com dedicação total.

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Colaborador

Sabrina Marques / Fotos: Guilherme Branco