Nascida em Sertãozinho, interior de São Paulo, e criada pelos pais, com os quais vive até hoje na cidade de Barrinha (SP), a assistente de engenharia industrial Monique Amado Rodrigues, de 23 anos, conta que era vista como uma menina tímida e de poucos amigos. Apesar de ter crescido na Universal, na adolescência ela passou a enfrentar o medo, a ansiedade e, mais tarde, a depressão.

Para Monique, o medo constante de ser observada e julgada alimentava ainda mais suas inseguranças. Na tentativa de encontrar algum tipo de aceitação, ela se refugiou na internet. “Ali eu criava amizades, buscava afeto e até me apaixonei. Por causa de um rapaz, passei a gostar de rock e de cabelos alternativos, mas descobri que a pessoa que eu idealizava e acreditei que gostasse de mim nem existia. Era um perfil falso”, conta.

Diante da desilusão, Monique passou a ter pensamentos de morte e a consumir conteúdos negativos, incluindo vídeos de pessoas tirando a própria vida. “Em 2016, após buscar ajuda e três supostos amigos da internet me dizerem, no mesmo dia, para que eu me matasse, eu tentei fazer isso. Acreditei que minha vida não fazia sentido”, recorda.

Socorro Divino

Foi no momento de maior desespero que uma luz surgiu. Sentada no chão do banheiro, ela fez uma oração. “Lembrei do que eu ouvia na igreja sobre Deus ser socorro presente e ali eu fiz um voto com Ele de que nunca mais tentaria tirar minha vida e de que passaria a buscá-Lo.”

Apesar do livramento, a mudança não aconteceu imediatamente. Por algum tempo, ela ainda manteve os mesmos hábitos, as mesmas amizades tóxicas e os conteúdos que alimentavam sua tristeza. Um novo relacionamento a distância e fora dos princípios da fé lhe trouxe mais decepções e brigas. Até que, em 2018, ela terminou a relação.

Na solidão da pandemia, em 2020, algo diferente aconteceu, como ela relata: “Não podíamos mais ir à igreja, então comecei a assistir às reuniões on-line. Um dia, Deus falou comigo através do seguinte pensamento: ‘Por que você não começa a ler a Bíblia sozinha?’. Eu obedeci”.

Naquele mesmo ano, Monique se batizou nas águas e entendeu que era preciso se entregar a Deus. Como resposta, ela recebeu o Espírito Santo. “Naquele dia, eu entendi que o amor de Deus é mais do que suficiente. Eu não precisava de mais ninguém para me sentir amada”, conclui.

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