Da Bíblia ao crack

A estudante Samantha Siqueira, de 22 anos, largou a referência que tinha de berço para se dedicar à sua curiosidade

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Educada em um lar cristão, a estudante Samantha Siqueira, de 22 anos, começou a dar vazão à curiosidade durante a adolescência. “Por causa das influências na escola, eu me achava diferente das outras meninas que tinham uma vida ‘liberal’, e, assim, nasceu a ‘inveja’ de fazer o que elas faziam. Embora participasse assiduamente das reuniões da Universal, eu não me entregava por inteiro e minha vida espiritual era uma montanha-russa”, continua.

Ela conta que passou a ser desprezada pelas “amigas”, pois não chamava mais a atenção delas, exceto quando “demonstrava coragem para fazer algo de errado, como fumar cigarro e consumir bebidas alcoólicas”. “Aos 17 anos, percebi que atingiria a maioridade e isso significava, para mim, fazer tudo que eu quisesse. Comecei a guardar dinheiro do salário que recebia e a projetar a minha saída de casa”, detalha.

Início de um tormento

Quando foi morar sozinha, Samantha passou a viver sem disciplina. “Comecei a sair todos os fins de semana para qualquer festa que me chamassem. O cigarro e a bebida passaram a ser de uso corrente e comecei a perder trabalho por isso. Foi uma fase em que também me envolvi com muitas pessoas e me frustrei muito”, afirma.

Com problemas emocionais e financeiros, Samantha lembra que buscou “algo mais forte” para aliviar a tensão: “conheci a cocaína. Depois me envolvi com um rapaz 30 anos mais velho, que era usuário de drogas. Ao morarmos juntos, um relacionamento abusivo começou a tomar forma. Vieram agressões verbais e, depois, manipulação e agressões físicas”.

Por causa do vazio que sentia, Samantha viu no crack uma opção para se afastar da realidade. “O crack me dava cinco minutos de paz”, declara. Os abusos que sofria a levaram a tentar o suicídio duas vezes.

Certa noite, “atormentada por demônios e com muito medo de morrer”, como relata, Samantha saiu correndo pela rua: foi quando ela viu uma Igreja Universal. “Desesperada, segurei a grade dos portões e pedi mais uma chance a Deus.”

Resposta

Samantha entendeu que só Deus poderia estancar sua dor. De volta à Universal há um ano e oito meses, ela diz que tudo se fez novo em sua vida. “Ao me batizar nas águas, eu, que até então me sentia imunda por tudo que fazia, tive minha alma lavada. Entendi a necessidade de buscar o Espírito Santo e recebê-Lo e encontrei a paz que tanto buscava”, conclui.

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Colaborador

Flavia Francellino / Foto: Cedida