Muitos casais acreditam que o amor que sentem é suficiente para conquistar um relacionamento feliz e duradouro. Porém acabam se decepcionando quando notam que na vida prática o sentimento não sustenta a união. Eles desprezam ou não têm conhecimento que para que a vida a dois dê certo é preciso que cada cônjuge desempenhe seu papel.

O casal de advogados Gilmar Martins Moreira, de 52 anos, e Taís Rodrigues Moreira, de 42 anos (foto a esq.), se conheceu na faculdade e decidiu namorar. Gilmar estava separado há um ano e Taís era divorciada há dez anos. Depois de poucos encontros, eles resolveram morar juntos. No início, o amor que os dois sentiam parecia invencível, como em um conto de fadas.

“Era como se tivéssemos sido feitos um para o outro. Bastava um pensar no outro que o coração batia descompassado, as mãos tremiam, a boca ficava seca e éramos tomados de uma alegria que nunca havíamos sentido antes. Escondíamos nossos defeitos e procurávamos apenas exaltar nossas qualidades. Fazíamos vista grossa para o que não gostávamos um no outro”, diz Taís.

Porém, em menos de um ano, os conflitos surgiram. “Nós dois trouxemos bagagens e traumas de relacionamentos anteriores e com isso o convívio se tornou insustentável. As discussões eram por diferenças de personalidade: havia muita expectativa quanto às atitudes de ambas as partes e faltava ação dos dois. A falta de comunicação e a desinformação do papel de cada um dentro do relacionamento eram nossos maiores problemas”, afirma Gilmar.

Gota d’água
Mesmo com as brigas, o casal se esforçava para manter o relacionamento, mas, durante uma discussão acalorada, Taís teve um ataque de fúria e quebrou alguns objetos. Depois dessa atitude, Gilmar decidiu sair de casa.

“Nós não sabíamos como fazer o relacionamento funcionar e tudo era motivo para brigas. Lembro que ele pegou todas as suas roupas e foi embora. Foi uma das maiores dores que já senti”, se recorda Taís.

Um amigo dos dois, então, convidou-os para que participassem da Terapia do Amor e lhes fez um desafio: se em sete semanas não notassem melhora na relação, não precisariam mais frequentar as palestras.

Eles aceitaram o desafio e logo perceberam diferença no relacionamento. “Entender a grandeza de ser auxiliadora foi um dos maiores aprendizados que as reuniões da Terapia me trouxeram. Vivíamos uma relação bagunçada e eu queria tomar a frente de tudo, pois vivi muitos anos sozinha. Não aceitava ser submissa nem auxiliadora e queria tomar o lugar do homem”, diz Taís.

Gilmar também aprendeu a agir no relacionamento. “Entendi que havia o momento de ouvir, de falar e de agir. E, principalmente, que sem comunhão com Deus eu não seria feliz em nenhum relacionamento.”

O grande dia
O recomeço de uma nova vida a dois aconteceu quando eles se casaram na Catedral da Universal de Porto Alegre, no Rio Grande do Sul, no dia 12 de outubro de 2017.

“Eu, com mais de 40 anos, usando vestido de noiva! Foi algo que eu nunca imaginei. Nós entendemos que somente com a bênção do Criador poderíamos ter realmente um casamento de paz. Demos a nossa palavra primeiro para Deus e depois um ao outro. Hoje, somos felizes e completos”, finaliza Taís.