Sem diagnóstico e tomando remédios que só agravavam o problema

Foi isso o que Júlia Oliveira vivenciou quando teve seu corpo tomado por bolhas e feridas sem causa aparente. Ela obteve a cura por meio da Fé, manifestada por ela e por sua mãe, Marcia de Lima

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Em uma tarde de sexta-feira de março deste ano, ao tomar banho, Júlia Oliveira, de 16 anos, notou uma bolha de água na região da coxa direita, que, até então, não tinha percebido. Inicialmente, ela achou que fosse apenas uma reação alérgica e usou pomadas para aliviar a coceira. No entanto, depois de cinco dias, as bolhas tinham se espalhado por várias partes do corpo. “Passei a ter várias bolhas com um líquido estranho dentro, tanto nas coxas como nos braços e até no rosto”, diz.

Ao perceber que sua situação apenas se agravava, Júlia e sua mãe, Marcia de Lima, de 38 anos, acharam melhor procurar um médico. No entanto, no hospital em que estiveram não receberam um diagnóstico preciso e o problema persistiu. “Fui a diversos especialistas e nenhum sabia ao certo o que era, apesar de eu ter me submetido a três biópsias em pouco tempo. Nenhum deles deu um diagnóstico assertivo”, diz Júlia.

Ela conta que a cada vez que procurava um especialista ouvia uma opinião diferente. Ela descreve algumas explicações que eles lhe deram: poderia ser impetigo, disidrose, sarna ou esporotricose (saiba mais no boxe ao lado), além de outras enfermidades. “Sem saberem exatamente o que eu tinha, receitavam medicamentos para tentar aliviar os sintomas. Tomei cerca de seis remédios diferentes e nenhum ajudou. Ao contrário, eu observava que tudo só piorava”, esclarece.

Sem obter um direcionamento médico efetivo, Júlia sofria diariamente com o avanço da doença, que se alastrava mais a cada dia. “O meu rosto também ficou tomado pelas bolhas e elas se tornavam feridas. Minha rotina passou a ser difícil, pois elas coçavam muito, saía um líquido estranho delas e, se eu as coçasse, elas sangravam. Eu passei a ter que usar roupas largas para que o líquido não as molhasse e elas grudassem na minha pele”, diz.

Marcia, ao ver sua filha passando por essa situação, ficava totalmente incomodada. “Trabalho na área da saúde e ninguém sabia o que era. Até a médica que trabalha comigo ficou muito preocupada, pois ela tem pós-graduação na área da dermatologia e não sabia resolver o caso”, conta.

Marcia acrescenta que a doença interferiu até na autoestima da filha, que não queria mais sair de casa. Como os exames não traziam resultados e sem ajuda médica, Marcia e Júlia decidiram recorrer unicamente à Fé. Elas já frequentavam as reuniões da Universal e passaram a fazer o tratamento com a água consagrada. “Como nem as biópsias conseguiam diagnosticar o que eu tinha, achei que poderia ser algo espiritual e passamos a agir também de forma espiritual”, diz Marcia.

Júlia acrescenta que sua fé foi ativada por meio de uma reunião, em um domingo pela manhã, “quando o pastor falou do propósito da gota do milagre. Ele disse que, usando a fé por meio do propósito, até o que não tinha cura seria curado. Foi o que fizemos. Depois de permanecer quase três meses nessa situação, ao usar a fé por meio das correntes de fé da Universal, em poucos dias, Júlia viu o milagre acontecer. “Foram três dias usando a água. Eu a bebia ou tomava banho com ela e, na quarta vez, meu corpo já não tinha mais nenhuma bolha nem mancha”, afirma Júlia.

Marcia cita que no transcorrer desses dias elas observaram que a pele de Júlia foi se limpando aos poucos, o que começou pelo rosto e depois pelas pernas. “Hoje ela está totalmente curada, sem nenhuma sequela ou marca da doença. Ao vermos o milagre, experimentamos uma satisfação sem igual. Só temos que agradecer a Deus por tudo”, conclui Marcia.

Esporotricose humana

É uma micose subcutânea que surge quando o fungo do gênero Sporothrix entra no organismo por meio de uma ferida na pele. A doença pode afetar tanto o ser humano quanto os animais. A infecção ocorre, principalmente, pelo contato do fungo com a pele ou mucosa, por meio de trauma decorrente de acidentes com espinhos, palha ou lascas de madeira, contato com vegetais em decomposição, arranhadura ou mordedura de animais doentes, sendo que o gato é o mais comum.

Principais formas clínicas da doença:
– Esporotricose cutânea: caracterizada por uma ou múltiplas lesões, localizadas principalmente nas mãos e nos braços;

– Esporotricose linfocutânea: forma clínica mais frequente em que se formam pequenos nódulos, localizados na camada da pele mais profunda, que seguem o trajeto do sistema linfático da região corporal afetada. A localização preferencial é nos membros;

– Esporotricose extracutânea: quando a doença se espalha para outros locais do corpo, como ossos, mucosas, entre outros, sem comprometimento da pele;

– Esporotricose disseminada: acontece quando a doença se dissemina para outras partes do organismo, com comprometimento de vários órgãos e/ou sistemas (pulmão, ossos, fígado, etc.).

Existe tratamento médico?
O tratamento deve ser feito após a avaliação clínica e sob orientação e acompanhamento médico. A duração pode variar de três a seis meses, um ano ou até a cura. Os antifúngicos utilizados para o tratamento da esporotricose humana são o itraconazol, o iodeto de potássio, a terbinafina e o complexo lipídico de anfotericina B, para as formas graves e disseminadas. O Sistema Único de Saúde (SUS) oferece todos eles gratuitamente.

Fonte: Ministério da Saúde

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Colaborador

Camila Teodoro / Fotos: cedidas