“Me envolvi com pessoas erradas e conheci o crime”

Após perder trabalho, família e a saúde para os vícios, Adriano Mário da Silva recomeçou a vida usando a Fé

Imagem de capa - “Me envolvi com pessoas erradas e conheci o crime”

O vício é considerado uma doença crônica, progressiva e fatal e, por isso, o viciado é visto praticamente como um caso perdido. Mas o que dizer de Adriano Mário da Silva, de 47 anos, que conheceu as drogas ainda criança e passou 32 anos de sua vida nos vícios? A situação dele, considerada impossível de ser mudada aos olhos da ciência, foi transformada pelo poder da Fé.

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De origem humilde, Adriano é fruto de um relacionamento casual. Seu pai o rejeitou quando tinha apenas três meses de vida e deixou sua mãe para se casar com outra mulher e assumir os dois filhos dela. “Minha mãe acabou saindo de Pernambuco, onde morávamos, e veio para São Paulo. Ela me deixou com minha avó. Quando eu tinha 8 anos, vim morar com ela e seu marido, mas ele não me aceitava. Ele chegava bêbado, a agredia e me rejeitava. Cheguei a morar na casa de vários parentes até que ela me levou para um orfanato.”

Enquanto Adriano era rejeitado pela família, as ruas o acolheram. Aos 11 anos, quando trabalhava no farol como ambulante, ele foi apresentado às drogas. “Eu fui viciado durante 32 anos em todos os tipos de droga: cocaína, LSD, haxixe, maconha, além de prostituição e jogos. Me tornei uma pessoa amargurada, com muito ódio e completamente perturbada. Nessa época, me envolvi com pessoas erradas, conheci o crime e passei a fazer pequenos furtos.”

Um adulto problemático
Para tentar mudar de vida, Adriano foi morar com o pai e foi rejeitado novamente, desta vez pela madrasta. Ele resolveu então morar sozinho e investiu em sua carreira de músico, inclusive trabalhou com uma banda brasileira de grande sucesso nos anos 1980 e 1990. “Eu ganhava bem, casei com uma pessoa de classe média alta, tive um filho e minha vida mudou um pouco, mas eu continuava nos vícios e fornecia drogas para as pessoas com as quais trabalhava.”

Depois de quase morrer em duas overdoses, Adriano começou a perder o que tinha conquistado. Primeiro foi o trabalho na banda, em seguida o casamento e a vida estável. “Eu não via mais saída para a minha vida, escutava vozes e via vultos. Comecei a me preocupar porque, quando saía com os amigos, no dia seguinte eles estavam bravos e me falavam que eu tinha tentado matá-los, que os xinguei e que disse que beberia o sangue deles. O pior é que eu nunca lembrava de nada”, conta.

A chance de mudar
Adriano diz que queria abandonar os vícios e até chegou a ficar um ano “limpo”, mas seu desejo não era suficiente para manter sua decisão por muito tempo. “Muitas vezes, ao chegar em casa depois de usar drogas, eu ligava a TV nos programas da Igreja, mas depois fazia tudo errado de novo.”

Até que um dia, reconhecendo sua destruição, ele orou a Deus: “eu disse: ‘se o Senhor me tirar dessa situação, eu vou me entregar’”. Em seguida, ele foi à Universal. Nas reuniões, entendeu que precisava abandonar seus erros, se batizou nas águas e buscou o Espírito Santo.

“Comecei a buscar com sede de Deus até que me libertei e O recebi. Há cinco anos estou livre. Hoje sou voluntário no grupo Universal nos Presídios e vou me casar com uma mulher de Deus. Minha vida mudou e tenho paz. Eu só levava morte e só tinha ódio, hoje levo luz”, conclui.

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Colaborador

Cinthia Cardoso / Fotos: Cedidas