“Me sentia suja e usada. O vazio aumentava a cada noitada”

Entenda como Karoline Ramos Rocha encontrou a felicidade

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A promotora de vendas Karoline Ramos Rocha, de 24 anos (foto acima), conta que teve uma infância difícil. Com a separação dos pais pouco tempo depois de seu nascimento, ela foi criada pela mãe e pelos avós e só voltou a ter contato com o pai anos depois. “Morávamos todos juntos, inclusive minha mãe, porém ela passava a maior parte do tempo fora de casa: do trabalho, ela ia para a casa do namorado e às vezes só aparecia nos finais de semana. Sofri muito com a ausência dela.”

Tudo piorou quando Karoline passou a ter perturbações: “eu via vultos, ouvia vozes, tinha medo de escuro e de morrer e era muito angustiada. Por causa disso minha mãe procurou ajuda espiritual em um lugar onde recebeu orientações de que eu deveria passar por um ‘fechamento de corpo’. Depois disso, nada havia mudado, os medos eram os mesmos e a angústia aumentou. Eu era muito triste e passei a ter um ódio imenso da minha mãe. Eu não suportava ouvir a voz dela e sua presença me incomodava.”

Com esses sentimentos negativos, ela entrou na adolescência, período em que mergulhou na curtição. “A partir dos 15 anos, eu buscava algo que pudesse me preencher, pois não me sentia bem em casa nem comigo mesma. Nessa época, passei a ter alguns relacionamentos, a participar de bebedeiras e as drogas se tornaram frequentes. Saía sem ter hora para voltar, mas, ao contrário do que eu pensava, a tristeza só aumentava”, diz.

Ela revela que desejava morrer. “Eu tinha vontade de morrer, mas temia a morte, pois não sabia o que aconteceria. Minha família me considerava um caso perdido e nem eu mesma acreditava que fosse possível mudar. Por não acreditar que houvesse mudança, eu insistia cada vez mais nas noitadas e festas. No dia seguinte, quando chegava em casa, me sentia suja, usada e sem valor nenhum. O vazio aumentava a cada noitada.”

A mãe de Karoline passou a frequentar a Universal e, pouco tempo depois, ela viu uma transformação no comportamento da genitora. “As cobranças dela em relação a mim diminuíram e ela já não ficava pegando no meu pé. Eu não sabia, mas ela tinha confiado minha vida nas mãos de Deus. Durante um tempo, nossos encontros no domingo de manhã eram quando eu chegava das baladas e ela estava de saída para a Igreja. Por meio dela, minha avó e minhas tias começaram a frequentar a Igreja, só faltava eu”, revela.

Para que começasse uma nova história bastou uma atitude. Em 2013, aos 17 anos, ela aceitou o convite de uma tia para ir a uma reunião do Encontro com Deus, na Universal. Lá, ela descobriu que “havia um causador de todo sofrimento” e passou a frequentar as reuniões para superar seus problemas. Firme nas correntes, ela conta que aprendeu muitas coisas importantes para uma mudança de vida e participou da Fogueira Santa em busca da libertação. “Ouvi a Voz de Deus em relação às coisas que eu deveria mudar. O sacrifício não se referia somente às coisas materiais, mas a resistir a mim mesma para agradar a Deus. Só assim consegui me tornar livre”.

Liberta dos vícios, do ódio e da angústia, ela recebeu o bem maior, que é o Espírito Santo. “Naquele dia eu encontrei o que procurei em tantos lugares, mas somente Deus me preencheu e me deu uma nova vida”, afirmou, acrescentando que hoje é casada com um homem de Deus e tem um ótimo relacionamento com os pais.

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Colaborador

Kelly Lopes / Fotos: Cedidas e Arthur S.B. Fernandes