Informação para salvar vidas
Evento Mulheres em Foco orientou o público feminino sobre violência e câncer de mama
Em 2018, foram registrados mais de 66 mil casos de violência sexual no Brasil, conforme o 13o Anuário de Segurança Pública. A maioria das vítimas tinha até 13 anos. Apesar desse número já ser alto, os especialistas estimam que até 500 mil mulheres sofram esse tipo de violência por ano no País. O problema é que muitas não denunciam os agressores porque têm medo.
Pensando em ajudar a mudar essa realidade, o Projeto Raabe, da Universal, em parceria com o Ministério Público Federal (MPF) e a Record TV, realizou o evento Mulheres em Foco, no Templo de Salomão, em São Paulo. Cerca de 700 mulheres estiveram presentes.
Os palestrantes as orientaram quanto à Lei do Minuto Seguinte. Ela determina que toda vítima de violência sexual tem direito a buscar atendimento gratuito na rede pública de saúde sem que seja preciso apresentar boletim de ocorrência ou prova do abuso.
Essa lei assegura que a palavra da vítima seja imediamente considerada pelo hospital ou pela unidade de saúde. Isso porque a medicação para evitar doenças sexualmente transmissíveis e gravidez deve ser ministrada em no máximo 72 horas, para que seja eficaz.
Prevenção
Além da Lei do Minuto Seguinte, outro assunto importante abordado no encontro foi o rastreamento para a detecção precoce do câncer de mama, que é considerado o segundo tipo mais comum da doença entre as mulheres.
Segundo o Instituto Nacional do Câncer (Inca), de 2018 até o fim de 2019, mais de 60 mil casos da doença devem ser registrados no Brasil. As taxas de mortalidade são altas porque em 70% dos casos a enfermidade é descoberta em estágio avançado. A boa notícia é que, se for tratada logo no início, a chance de cura aumenta consideravelmente.
Por isso, o evento alertou para a necessidade de prevenção, como a realização da mamografia e do autoexame.
De acordo com a coordenadora nacional do Grupo Raabe, Fernanda Lellis, não foram só as mulheres que compareceram ao evento que foram beneficiadas. “Para nós, voluntárias do grupo, o assunto também é muito importante, pois, com informação, conseguimos atendê-las melhor. Eu acredito que toda mulher deveria se importar com esses assuntos, se informar e se prevenir”, disse.
Projeto Raabe
Desde novembro de 2011, o Raabe ampara mulheres vítimas de violência doméstica e abusos e oferece atendimento jurídico, social, emocional e espiritual. São realizados cursos e palestras que auxiliam no resgate da mulher e fortalecem sua autoestima.
O grupo atua em todos os Estados brasileiros, nos Estados Unidos e em países da Europa e da América Latina. Em 2018, mais de 102 mil mulheres foram atendidas por 2.723 voluntárias no Brasil e no exterior. Para saber mais, acesse universal.org/godllywood-raabe.
*Colaborou: Rafaella Rizzo