Ela sofreu dois abortos espontâneos na adolescência

Mariana Simplicio enfrentou um passado de dor e sofrimento, mas buscou a Fé e teve a vida completamente transformada

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No Rio de Janeiro vive a autônoma Mariana Simplicio Cerqueira, de 20 anos, que enfrentou muitas dificuldades em seu passado. Ela teve uma infância humilde e, aos 13 anos, foi levada para a prostituição. Ela acreditava que esse caminho proporcionaria uma vida com poucas privações, mas não foi o que aconteceu.

As consequências dessa fase desafiadora foram graves. “Aos 15 anos eu engravidei pela primeira vez e tive um aborto espontâneo. Aos 16 anos a história se repetiu, engravidei novamente e tive outro aborto. Na minha terceira gravidez, aos 17 anos, fiz os exames de pré-natal e descobri que estava com sífilis, foi um enorme susto”, recordou.

Como consequência da doença, que é sexualmente transmissível, a criança nasceu prematura e portadora da doença. Por essa razão, morreu dois meses depois, fato que causou muito sofrimento para Mariana. “Me senti arrasada, sofri demais com a perda da minha filha e além disso tive muito medo do que poderia acontecer comigo devido àquela doença”, completou. Os sintomas surgiram na forma de feridas e verrugas na genitália da jovem.

Mariana iniciou o tratamento com aplicações de benzilpenicilina (conhecida como Benzetacil, um antibiótico utilizado para tratar infecções bacterianas). Porém a médica explicou que sempre que Mariana fizesse um exame de sangue testaria positivo para sífilis, e chamou o fato de cicatriz sorológica.

A chance de uma nova vida
Mariana ficou muito abatida com toda a situação, desesperada e sem esperanças. “Eu só chorava, desesperada, não enxergava futuro para minha vida. Com apenas 17 anos já tinha um diagnóstico desses”, contou.
A irmã de Mariana, que já frequentava a Universal, convidou a jovem para participar de uma reunião. Ela acompanhou o sofrimento da irmã e garantiu que Mariana ficaria melhor após a reunião.

A jovem aceitou o convite, mas não imaginava que, além de se sentir melhor, ela passaria por uma verdadeira mudança de vida.“Eu não conhecia a Fé até então, mas ao ouvir as palavras do homem de Deus, algo despertou em mim. Fui acompanhada por pessoas na Universal que me auxiliaram na caminhada com Deus. Eu me arrependi de todo o meu passado e desejei mudar. Aos poucos, não havia mais aquela tristeza dentro de mim”, disse.

A cura
Mariana contou que, no mesmo ano, em 2017, passou a fazer as correntes na Universal, onde conheceu o Tratamento da Fé, feito com a água apresentada para Deus em oração aos domingos. “Eu orava na Igreja apresentando a água para Deus e em casa bebia e me lavava com ela. Os Pastores me ensinaram a ordenar para que a doença saísse do meu corpo, e assim eu fazia na certeza de que seria curada”, recordou.

Os exames foram repetidos e ela não estava mais com a cicatriz sorológica. Estava definitivamente curada e já não testava positivo para sífilis. “Deus curou o meu corpo e minha alma, me perdoou e me deu uma nova história. Lembro que o médico questionou se eu realmente havia tido sífilis. Mostrei os exames anteriores e ele ficou impressionado”, disse.

Desde então, Mariana segue no caminho da Fé, com felicidade e autoestima. “O Senhor Jesus me mostrou o meu valor. Conheci um homem de Deus, me casei na Universal e estou à espera do nosso bebê. Deus cumpriu a Palavra dEle na minha vida: ‘assim que, se alguém está em Cristo, nova criatura é; as coisas velhas já passaram; eis que tudo se fez novo’”, finalizou Mariana, citando 2 Coríntios 5.17.

O que é a sífilis?

De acordo com o Ministério da Saúde, é uma infecção sexualmente transmissível (IST), causada pela bactéria Treponema pallidum. Pode apresentar várias manifestações clínicas e diferentes estágios (sífilis primária, secundária, latente e terciária). Nos estágios primário e secundário, a possibilidade de transmissão é maior.

Pode ser transmitida por relação sexual sem camisinha com uma pessoa infectada, ou ser transmitida para a criança durante a gestação ou parto, que é a chamada sífilis congênita.

Normalmente apresenta fases distintas com sintomas específicos, intercaladas por períodos latentes. Por isso, ela é um mal silencioso e requer cuidados.

Sinais e sintomas
Ferida, geralmente única, no local de entrada da bactéria (pênis, vulva, vagina, colo uterino, ânus, boca, ou outros locais da pele). Geralmente não dói, não coça, não arde e não tem pus, podendo estar acompanhada de caroços na virilha. A recomendação é procurar ajuda médica o quanto antes para saber o grau da infecção e a classificação da doença.

Diagnóstico
Existem diferentes exames para o diagnostico de sífilis, o teste rápido (TR) de sífilis, por exemplo, está disponível nos serviços de saúde do Sistema Único de Saúde (SUS), com resultado disponível em 30 minutos. Nos casos de positivos (reagentes), uma amostra de sangue deverá ser coletada e encaminhada para realização de um teste laboratorial para a confirmação do diagnóstico.

Tratamento
O tratamento mais indicado é feito à base de benzilpenicilina, um antibiótico eficaz contra a bactéria causadora da doença. O acompanhamento médico é essencial para a administração da quantidade de aplicações e para avaliar o estágio da doença.

O acompanhamento das gestantes e parcerias sexuais durante o pré-natal contribui para o controle da sífilis congênita.

Em caso de qualquer suspeita procure atendimento médico.

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Colaborador

Kelly Lopes / Fotos: Cedidas