Detentas gaúchas aprendem a plantar e a preparar o próprio alimento de modo saudável

Cursos de higienização e manipulação de alimentos e de técnicas para a produção de hortaliças foram oferecidos

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Recentemente, o programa social Universal nos Presídios (UNP) ofereceu cursos que melhorarão a qualidade da alimentação das detentas de duas penitenciárias femininas gaúchas, além de auxiliar na ressocialização delas.

Na cidade de Guaíba, na região metropolitana de Porto Alegre(RS), foi realizado o curso de Higienização e Manipulação de Alimentos para as presas que trabalham na cozinha da Penitenciária Estadual Feminina. A UNP forneceu uma apostila com conteúdo didático e, ao final do curso, elas receberam um certificado de conclusão.

A voluntária Jessica Neves de Oliveira Rodrigues, nutricionista que ministrou as aulas, explicou que o curso ensina “procedimentos de boas práticas em locais onde há produção de refeições, para garantir as condições higiênico-sanitárias dos alimentos preparados e evitar possíveis doenças transmitidas por alimentos (DTAs)”.

Já na capital, Porto Alegre, a UNP disponibilizou uma vídeo-aula com um técnico em agronomia para as detentas da Penitenciária Feminina Madre Pelletier. O estabelecimento possui uma horta que os próprios voluntários do programa social ajudaram a plantar. Eles colaboraram doando insumos, como adubo, sementes e mudas de legumes e verduras.

“Este curso ajuda a compreender as técnicas para a produção de hortaliças, desde a preparação de solo e de mudas, manuseio com adubação, introdução de composteira para preparação de adubo orgânico e cuidados com o plantio até a utilização das hortaliças no cardápio”, relata o voluntário Matheus Barcellos Werhli. Além das aulas, a UNP doou para a mesma penitenciária 250 kits de higiene e também chinelos, camisas brancas e 20 pacotes de sementes.

Charles Almeida Aguiar, responsável pelo programa social no Rio Grande Sul, avalia que cuidar de uma horta também funciona como terapia para as detentas, mas que elas precisam de informações técnicas para isso. “A grande maioria delas não sabe mexer com a terra e plantar. São poucas que entendem e que já trabalharam em lavoura.”

A UNP foi instituída pela Universal há mais de 30 anos para auxiliar na ressocialização de detentos, amparar os familiares deles e apoiar os agentes penitenciários. Para saber mais, acesse facebook.com/UNPBrasil.

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Colaborador

UNICom / Fotos: Cedidas