“Decidi sair do atletismo por causa das drogas”
Conheça a história do ex-atleta Alberto Ferreira dos Santos
O pintor Alberto Ferreira dos Santos, de 31 anos, começou a praticar esportes ainda na adolescência e o gosto pelo atletismo fez dele um atleta profissional. Devido ao seu alto rendimento, ele foi para os Jogos Pan-Americanos de 2007, no Rio Janeiro, como reserva da equipe brasileira de atletismo. Mesmo sem ter competido, Alberto sabia que era privilegiado por ter participado de um evento dessa dimensão.
Mas o que era para ser um incentivo e um investimento na carreira passou despercebido por ele. O jovem, que na época tinha 20 anos, aceitou do vizinho o seu primeiro pino de cocaína por curiosidade. “Eu era imaturo e queria apenas saber como aquilo funcionava. Jamais pensei que me tornaria um viciado”, relembra ele.
O vício
Não demorou muito para que Alberto passasse a usar mais drogas de diversos tipos: maconha, cocaína, lança-perfume e bebidas.
A dependência começou a trazer problemas para Alberto, que já não apresentava bons rendimentos no esporte. Por fim, ele abandonou a profissão. “Eu decidi sair do atletismo por causa das drogas. Não estava mais com disposição. A droga tira as forças e o ânimo.” O pintor conta que sua mãe tinha medo de que ele roubasse por causa das drogas e, por isso, ela passou a pedir dinheiro nas ruas. “Minha mãe pedia dinheiro no semáforo para sustentar o meu vício.” Ele ainda conta que sofreu um acidente doméstico dentro de casa por causa de um cigarro de maconha. Alberto estava fumando quando jogou o cigarro dentro de uma panela com água e a mesma explodiu. Ele teve queimaduras nos braços e nas mãos. 
Além dos problemas com as drogas, Alberto se automutilava, tinha depressão e desejo de suicídio. “Eu era uma pessoa depressiva, tinha vergonha de mim mesmo e me achava um inútil. Eu não parava em emprego nenhum e não conseguia sair daquela situação.”
A porta do crime
A vida de Alberto ainda teve outras mudanças, mas, infelizmente, para pior. Ele passou a morar em um novo bairro, onde fez novas amizades e começou a frequentar bailes. Quando ele se deu conta, já estava praticando alguns roubos. “Em uma dessas festas, fui com outras pessoas fazer um pequeno furto, mas deu tudo errado e acabei sendo preso.”
Alberto foi condenado a oito anos de prisão, dos quais cumpriu dois anos e sete meses antes de receber a liberdade. Mas o jovem continuou a roubar, dessa vez para sustentar o vício.Contudo, durante dois anos após a sua saída da prisão, Alberto recebeu frequentemente o convite de um obreiro da Universal para participar do tratamento para a Cura Definitiva dos Vícios. “Eu nunca aceitava o convite. Até que certo dia, enquanto estava fumando um cigarro de maconha na cozinha, eu fiz essa oração: ‘Senhor, não aguento mais essa situação, me dê mais uma oportunidade’. Na hora, esse obreiro apareceu e foi quando eu tomei a melhor decisão da minha vida.”
Alberto chegou à Universal em 2020. Já são sete meses na Fé, período em que ele se batizou nas águas e, recentemente, recebeu o Espírito Santo. Hoje, Alberto é um novo homem. “Tenho paz, estou livre dos vícios, formei a minha família e tenho trabalho fixo. Deus me deu uma nova chance”, conclui.
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