Antes, lixo. Agora, vida
No dia 26 de dezembro, a Universal inaugurou, em Soweto, famosa cidade da África do Sul, o primeiro templo religioso do país em um lixão. A Igreja, erguida no lixão da avenida Union, atende uma comunidade de 800 pessoas, entre as quais 250 crianças, que moram no local ou o frequentam. É uma região muito precária, de extrema pobreza, onde as pessoas se alimentam de restos de alimentos encontrados no lixo. Esse é um problema que a Universal já começa a solucionar, com a distribuição diária de marmitas.
Segundo o Bispo Marcelo Pires, responsável pela Universal da África do Sul e dos demais países africanos de línguas inglesa e francesa, a comunidade é desprezada, o descaso é visível e os moradores vivem sem moradia adequada, humilhados. “A Universal, mais uma vez, abraça uma causa humanitária, não apenas para levar o alimento físico, mas, principalmente, o espiritual. Levaremos Fé e esperança para aqueles que, muitas vezes, não veem uma saída e acabam se envolvendo com os vícios, tentando amenizar a dor”, afirmou.
Já na inauguração foram doadas mil refeições para a comunidade, além de água potável, roupas e brinquedos para as mais de 800 famílias locais.
O que o Bispo diz sobre a precariedade da região do lixão é um retrato vivo da realidade da África do Sul, o país com a maior desigualdade social do mundo, segundo o Banco Mundial. Lá, os 10% mais ricos acumulam quase 70% da renda nacional, enquanto metade dos sul-africanos vive com menos de US$ 5 (cerca de R$ 25) ao dia. Com 1,3 milhão de habitantes, Soweto é o maior distrito da África do Sul, próximo à capital, Johanesburgo.
No novo templo, os pastores e os 100 voluntários que atuarão no local adotam todas as medidas sanitárias de higiene e distanciamento para evitar a propagação da Covid-19, bem como o contágio por outras doenças, algo comum em lixões. “No lixão, local ignorado pela sociedade, onde ninguém deseja estar, está a Igreja Universal, levando a Palavra de Deus, que transforma vidas, liberta e salva”, diz o Bispo Marcelo.
“A estrutura simples erguida no local servirá de Igreja e estará aberta diariamente para receber, apoiar e abençoar. As pessoas também terão oportunidade de conhecer e viver a vida abundante prometida pelo Senhor Jesus. Nós vimos aqui milhares de pessoas rejeitadas e abandonadas. Se elas sabem que tem alguém que se preocupa com elas e que vai dar uma força extra, isso vai motivá-las a mudar de vida”, destacou o Bispo.
Tradição da Universal
Erguer templos em locais de extrema pobreza ou prejudicados de outras formas – áreas periféricas ou regiões centrais degradadas da maioria das cidades brasileiras – não é novidade para a Universal, que começou sua história de mais de quatro décadas em um coreto de uma praça da Zona Norte carioca e depois abriu sua primeira Igreja onde antes funcionava uma funerária. Hoje está presente em cidades de 134 países em todos os continentes.
Na própria África do Sul, a história não é diferente. A Universal está no país desde 1992, onde começou bem simples e hoje tem uma grande Catedral, também em Soweto. Só em 2020, foram beneficiados 575 mil sul-africanos com os projetos sociais da Universal – muito disso graças ao apoio de 5,5 mil voluntários.
Soweto é a maior comunidade da África do Sul. Seu nome vem da junção do início das palavras South Western Townships, ou “Bairros do Sudoeste”, que faziam parte de Johanesburgo até 1983, quando foram separados da capital e viraram uma nova cidade. Nela começaram muitos movimentos contra o Apartheid, regime de segregação racial adotado de 1948 a 1994, no qual os direitos dos negros, a maioria dos habitantes, foram cerceados pelo governo, formado pela minoria branca. Nelson Mandela, que foi um importante líder da África do Sul, morou no local.
O novo templo em Soweto, antes um local no qual a miséria e a violência reinavam, será a porta de entrada para muitos que conhecerão o Reino de Deus.
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