Filhinho do papai
Enquanto era solteira, eu costumava passar parte das minhas férias na cidade do interior do estado, onde meu pai vivia. A população na época não passava de 13 mil pessoas, e todo mundo conhecia quase todo mundo. Claro que quando algo diferente acontecia, rapidamente a notícia se espalhava, e tanto as boas como as más notícias logo se tornavam de domínio público.
O que ficou gravado na memória que me resta (já passei dos 40 meninas ☺ ) é que quando a notícia chegava, para identificar claramente o protagonista daquela situação, o que ficava bem evidente era o filho de quem essa pessoa era:
– Quem bateu o carro? Foi o Zezinho, filho do Pedro da padaria…
Todos nós deveríamos ter bem claro essa realidade diante que cada atitude que tomamos – representamos e sempre estaremos ligados a alguém, e por mais que que muitos digam “ser o único responsável pelos próprios atos”, nunca deixaremos de ser filhos de…, o pai da…, a mãe dos…, a esposa do…
Se aconteceu o erro/problema, por mais que você como mãe nunca se imaginou passando por semelhante situação, não se deixe levar pela tentação de querer aliviar a barra. Muitos pais tentam fazer uso da influência, de amigos, de suborno, ameaças, para abafar o caso… e acabam cauterizando a consciência dos filhos.
Impedindo que sofram as consequências dos seus erros, eles também serão privados de desenvolverem um caráter justo.
Jesus, o Filho de Deus, nunca abusou de sua condição para atenuar seus momentos mais difíceis aqui na Terra; nem o Pai, para evitar a dor e a vergonha da cruz.
Ele não era do tipo “filhinho de papai”, e sim “meu Pai trabalha até agora, e eu trabalho também”.
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