thumb do blog field_fuyl4yphm40v7
thumb do blog field_fuyl4yphm40v7

A ciência do favoritismo

Imagem de capa - A ciência do favoritismo

Preferir uma pessoa a outra é uma realidade em todas as relações humanas – é basicamente esse o coeficiente comum a que chegaram os pesquisadores de comportamento humano e psicólogos, de vários lugares do planeta.

Você pode pensar – isso não é novidade!, mas a polémica que o assunto gerou foi justamente quando os filhos também fazem parte desta lógica das preferências, muitas vezes até inconsciente, e do que isso provocará ao longo das suas vidas.

Claro que para os pais aceitarem que preferem um de seus descendentes em detrimento a outro, seria preciso seções de tortura, e muitos negariam até a morte. Mas entre os irmãos, o assunto é amplamente debatido, e geralmente vem a tona nas crises familiares, quando o ciúme e a frustração do filho que se sente rejeitado já chegou a um limite insuportável, e o relacionamento entre os irmãos fica marcado para toda vida.

E temos que admitir – as crianças podem chegar a atos de crueldade quando querem, creio que a maioria de nós já passou pela fase de pensar que era adotado, e os irmãos fazerem questão de afirmar isso!

Voltando ao por quê existe esse favoritismo, os cientistas encontraram alguns fatores em comum que podem explicar o que ninguém reconhece: ordem de nascimento, beleza, força, inteligência, são alguns dos pontos em comum que os “preferidos” possuem. Mas na minha opinião, a explicação mais interessante é que isso acontece quando os pais encontram as suas próprias características nos filhos de sexo oposto – um exemplo: o pai encontra na filha uma personalidade de liderança e inteligência, enquanto a mãe vê no filho alguém fiel, trabalhador e educado.

O certo é que ser o patinho feio da casa nem sempre é uma desvantagem. Se conseguem vencer seus complexos e sentimentos, essas crianças serão mais independentes e eficientes, enquanto os favoritos podem crescer pensando que não haverá para eles dificuldades na vida, e com a sensação que podem ter o que quiserem, quando quiserem, sem medir as consequências negativas de seu comportamento.

E afinal, quem acaba por se fazer favorito, escolhido e amado será sempre a própria pessoa, independente do meio em que viveu ou do caminho que percorreu.

Claro que, como pais, podemos evitar muitos traumas e feridas nesse percurso.

Patricia Barboza