Você tem medo de casar?

Muitas pessoas preferem viver solitárias a assumir um relacionamento sério e duradouro, mas é possível vencer todas as dúvidas e ter um casamento estável e feliz. Entenda como

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No ano passado, a italiana Laura Mesi realizou uma festa de casamento para se casar consigo mesma. Vestida de branco, ela celebrou junto a 70 convidados, madrinhas e um bolo de três andares o fato de estar feliz solteira.

À rede de notícias BBC, ela disse que se não encontrasse a sua “alma gêmea” até os 40 anos iria realizar o seu próprio casamento com tudo a que tinha direito. “Eu sabia que poderia ter um conto de fadas sem o príncipe”, afirmou ao jornal italiano La Repubblica.

Laura disse que teve essa atitude como demonstração de amor-próprio e aceitação de sua condição de solteira. Mas revelou que esse pensamento surgiu depois de ter passado por uma desilusão amorosa: o término de um relacionamento de 12 anos.

O ato de se casar consigo mesmo, chamado de sologamia, não tem peso legal e jurídico. Contudo, várias pessoas estão fazendo o mesmo mundo afora. Para elas, a cerimônia simboliza a autovalorização, mas, geralmente, só ocorre depois da pessoa ter se decepcionado amorosamente.

Em 2015, Sophie Tanner realizou seu autocasamento no Reino Unido para oficializar seu comprometimento consigo mesma. “Esse foi o dia mais feliz da minha vida, completo, com vestido vintage, com meu pai chorando ao me entregar e com madrinhas dançantes”, afirmou à BBC.

Tempos atrás, em 2000, a artista Gabrielle Penabaz, de Nova York, fez o mesmo enquanto tentava se recuperar de uma desilusão amorosa. Na época, ela disse à imprensa local que havia tido o “melhor casamento de todos os tempos”.

Depois da “oficialização” de seu estado civil, Gabrielle tem realizado em sua própria agência o casamento de outras pessoas solteiras, com direito a altar, roupas específicas, bolo e votos.

A tendência é tão grande que outras agências fazem o mesmo serviço. No Canadá, a empresa Marry Yourself Vancouver (Case com Você Mesmo Vancouver, em tradução livre) tem como lema a frase: “Solteiro é o novo normal. Comemore seu status”.

A consultoria Self Marriage Ceremonies (Cerimônias de Autocasamento, em tradução livre) oferece curso on-line e sessões privadas de aconselhamento para preparar os noivos para a sologamia. O serviço surgiu depois que a proprietária, Dominique Youkhehpaz, também fez seu casamento solo em 2011.

Quem alimenta o medo?

Atualmente, construir uma união estável e duradoura está fora dos planos de muitas pessoas, como é possível ver pelos exemplos de quem se casou consigo mesmo.

Por haver tanto descrédito com a instituição do casamento, o número de matrimônios realizados no Brasil diminuiu consideravelmente. De acordo com uma pesquisa realizada pelo Instituto Brasileiro de Geografia Estatística (IBGE), em 2016, o País registrou 1.095.535 uniões – uma queda de 3,7% no total de casamentos em comparação a 2015. Hoje há cerca de 60 milhões de casados, enquanto o número de solteiros já passa dos 77 milhões.

Mas por que muitas pessoas não acreditam que o casamento pode dar certo? Na maioria das vezes, a resposta é o medo.

De acordo com a psicoterapeuta e life coach Eliana Barbosa, esse receio de assumir um compromisso sério com alguém pode ter várias causas. “Elas geralmente são originárias de algum problema com a união dos pais, com medo de perder a liberdade, de ter de dar satisfação dos seus passos para outra pessoa ou até egoísmo mesmo. Isso também pode vir da criação. Por exemplo, muitos homens cresceram ouvindo que casamento é prisão. Ter esse tipo de crença leva muitas pessoas a temerem ou correrem do casamento”, explica.

Vida completa

As frases típicas de pessoas que não querem um relacionamento sério são: “eu não acredito mais no amor”, “todos os que são decentes já estão casados”, “estou priorizando minha vida profissional”, ou a famosa expressão: “antes só do que mal acompanhado”. De fato, se a pessoa conviveu com alguém que lhe prejudicou, como ocorre em um relacionamento abusivo, por exemplo, é melhor que ela termine a relação e fique só temporariamente. No entanto, por que ela deve optar em ficar sem companhia se, em vez disso, pode buscar estar bem acompanhada?

O educador matrimonial, apresentador e escritor Renato Cardoso disse, em uma palestra da “Terapia do Amor”, no Templo de Salomão, que é da natureza humana desejar ter uma companhia. Contudo, o medo do compromisso sério acaba anulando esse desejo. “A pessoa sente a carência, a vontade de ter alguém, mas uma coisa lhe diz: ‘lembra do que aconteceu antes, de quando se frustrou?’”.

Esse cenário atrai outras situações negativas. “Por causa dessa mistura do medo e amor, a pessoa acaba se envolvendo com o tipo de pessoa que vai machucá-la novamente. Quando você tem medo de uma coisa, você acaba atraindo o pior e aí permanece nesse ciclo de ficar sempre sendo ferida”, analisou o palestrante, que é também co-autor dos livros Casamento Blindado e Namoro Blindado.

Então, para conseguir ser feliz em um relacionamento duradouro e perfeito, é preciso que esse medo seja eliminado, tal como está escrito na Primeira Epístola de João, capítulo 4, versículo 18:

No amor não existe receio; antes, o perfeito amor lança fora todo medo I João 4.18

Como fazer isso? A forma mais eficaz é estar no Esconderijo do Altíssimo, ou seja, sob a proteção de Deus. “Estando no Esconderijo dEle você tem o amor com a fé. Se a sua confiança estiver em Deus, Ele não lhe desamparará. Se pegar o que sente e colocar em Deus, Ele vai livrá-lo desse sofrimento e abençoá-lo”, afirmou.

Faça uma avaliação de tudo o que tem feito mal à sua vida amorosa e pare de alimentar o medo. “Quem alimenta esse medo, pode não dar falta hoje de uma pessoa adequada ao seu lado, mas um dia essa falta vai bater e você poderá se arrepender. O tempo pode ser um inimigo de quem pensa que não vale a pena se casar”, conclui Cardoso.

“Pensava que faria a outra pessoa sofrer”

Desde criança, Thales Bessa, de 23 anos (foto abaixo), dizia que não se casaria porque os casamentos dos pais e dos avós não eram bons exemplos. “Meu avô era alcoólatra e meu pai também bebia e agredia a minha mãe. Eu pensava que faria o mesmo se me casasse”, revela.

Por causa desse pensamento, ele nunca conseguiu se relacionar seriamente. “Eu não queria levar nada adiante. Pensava somente em curtir, mas casar jamais. Eu tinha medo do compromisso e, então, tinha relacionamentos de dois, três meses”, afirma.

Certo dia, Thales foi convidado para participar da “Terapia do Amor”, na Universal. No início, ele resistiu ao convite, porque pensava que a ocasião seria apenas para encontrar uma namorada. “Eu falava que não queria ir, mas minha amiga dizia: ‘você não vai lá para arrumar ninguém. Vai para se curar interiormente’”, aponta.

Então, ele começou a participar dos encontros. “Com as palestras, compreendi que o problema não estava em me casar, mas em não estar preparado para isso”, garante.

Essa amiga que o convidou hoje é a sua esposa, Any Lima, de 24 anos, que também passou pelo mesmo receio de se casar por causa de uma desilusão amorosa.

Ela estava noiva quando soube que seu futuro marido havia lhe traído com sua melhor amiga. “Eu já estava pensando em montar enxoval e não queria acreditar naquilo, pois ele tinha me dado um anel e feito diversas promessas”, relembra.

A desilusão foi tão grande que Any passou a procurar outros rapazes com as mesmas características do antigo noivo. “Quando tudo acabou, fique desnorteada. Tentava encontrar pessoas parecidas com ele, mesmo sabendo que isso só iria me machucar ainda mais”, revela.

Até que, participando das palestras da “Terapia do Amor”, ela aprendeu que precisava se valorizar. “Entendi que tinha que me amar e, com o tempo, comecei a cuidar de mim.”

Não demorou muito para Any e Thales compartilharem seus conhecimentos e desfrutarem de uma vida em conjunto.

“Saía com muitas garotas de programa”

O empresário Moisés Novaes Magalhães, de 47 anos (foto abaixo), teve um sério problema na área sentimental em virtude do vício em sexo e pornografia. “Iniciei a vida sexual muito cedo, aos 14 anos, e não sabia o que era ter relacionamentos sadios. Não tinha namorada e não sabia o que era amar e ser amado”, conta.

Com o passar do tempo, esse problema foi se agravando e ele não queria se envolver seriamente com ninguém. “Saía com muitas garotas de programa. Nas minhas contas, no total passaram de 70. Eu pagava para não ter compromisso. Era algo mecânico”, avalia.

Moisés pensava que precisava ter um casamento somente para satisfazer seus anseios sexuais e não para construir uma família. Por isso, a união fracassou. “Casei apenas para me livrar do vício em sexo. Contudo, infelizmente foi o maior erro que eu cometi, porque, além de eu ter meus problemas, coloquei mais uma pessoa neles. Então, vivi dez anos atormentado, com brigas, agressões e traições.”

Em 2005, veio a separação e novamente ele se sentiu livre para praticar o que mais desejava, mas acabou entrando em depressão.

Sem amigos e sem ver saída para sua situação, ele buscou ajuda na Universal. Seu interior estava muito debilitado, porque ele tinha medo de se relacionar e se frustrar novamente. “Eu tinha receio de dar tudo errado como havia dado antes.”

Depois de buscar a Deus, o empresário conseguiu ficar livre do vício em sexo e em pornografia e, participando das palestras na “Terapia do Amor”, se libertou dos complexos, traumas e dores do passado. “Nas palestras, procurava aprender o que era o verdadeiro amor e pedia para que Deus me desse uma nova esposa.”

Logo, ele foi atendido. Conheceu sua esposa, Cibelle, e começaram a namorar. O casamento foi um passo importante para ele. “Eu conheci um amor que vem de Deus. Minha esposa é minha melhor amiga e meu amor por ela cresce mais a cada dia”, conclui.

“Seríamos apenas eu, minha mãe e meu filho”

A assistente social Regiane Perez Mascaro, de 44 anos, é casada com Luiz Carlos Mascaro há 19 anos (foto abaixo). No entanto, ela teve de superar o medo de se casar para hoje poder testemunhar o quanto é feliz ao lado do marido.

Ela teve uma infância e uma adolescência difíceis por causa dos problemas familiares. “Meu avô era mulherengo e viciado em jogos. Já meus tios tiveram o casamento destruído. E meus pais viviam brigando e sofrendo em razão do vício em álcool”, relata.

Após a separação de seus pais, ela passou a dizer em casa que nunca iria se casar. “Aos 12 anos eu já falava para minha mãe que iria me formar, trabalhar e que quando tivesse 35 anos teria um filho de produção independente. Seríamos apenas eu, minha mãe e meu filho”, afirma.

Seguindo esse pensamento, Regiane curtiu sua juventude saindo com diversos rapazes, muitas vezes com vários na mesma noite. “Meu mundo era só de baladas e curtição.”

Aos 18 anos, ela chegou a ficar noiva por um tempo, mas acabou terminando o relacionamento porque tinha dúvidas sobre esse compromisso. “Eu me sentia livre e pensava que casamento era uma instituição falida e o que importava era ser feliz.”

Em seguida, Regiane começou a namorar novamente e acabou engravidando. Contudo, ela mesma colocou um fim no namoro depois de ter descoberto que o namorado também tinha engravidado outra moça. “Eu não o queria mais e acabei pensando: ‘agora consegui a tal produção independente. Então, posso viver em paz e ter o filho sem ninguém ao meu lado’”, lembra.

Mas seus pensamentos sobre relacionamento sério mudaram quando ela foi convidada a participar de uma reunião na Universal por causa de uma enfermidade.

Depois que ela alcançou a cura, obteve também o tratamento das feridas do coração. “Comecei a entender o que é o amor e que para sermos felizes completamente temos que ter uma família.”

Logo depois, Regiane conheceu seu esposo e, em poucos meses, se casaram. “Construímos um lar juntos, passeamos, namoramos e temos uma vida abençoada. Ele assumiu plenamente o meu filho e temos mais dois. Certamente fui honrada por Deus”, conclui.

Enfrente seus receios

Se você se identifica com o que leu aqui, participe da “Terapia do Amor”, às quintas-feiras, em alguma Universal ou no Templo de Salomão, e aprenda como superar desilusões amorosas, traumas do passado, experiências negativas, entre outros problemas. Você também terá a oportunidade de saber como participar do propósito dos 91 dias do Esconderijo do Altíssimo, que vai até o dia 1º de abril, para conquistar a proteção para a sua vida amorosa. Encontre os endereços clicando aqui.

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Colaborador

Por Janaina Medeiros/ Fotos: Reprodução, Késia Costa e Demetrio Koch