Voluntários já ajudaram 40 mil imigrantes venezuelanos em Roraima
Ação humanitária oferece comida, roupas e cuidados médicos a refugiados
BRASIL
O programa social A Gente da Comunidade (AGC) do Estado de Roraima já beneficiou mais de 40 mil venezuelanos desde o início da onda migratória, que começou em 2017. No dia 15 de março, os voluntários levaram, mais uma vez, doações de alimentos e atendimento médico para os imigrantes que se encontram na fronteira entre o Brasil e a Venezuela, localizada na cidade de Pacaraima.

Ailton Duarte, coordenador do AGC do Estado, explica que, atualmente, a maior preocupação do grupo tem sido com as crianças, pois elas são a maioria entre os refugiados. “Cada venezuelano chega a Roraima com pelo menos dois filhos. Acredito que um adulto consiga compreender a dificuldade atual em que se encontra, mas uma criança, normalmente, não.”
Foram doados alimentos, roupas e água potável. “No ano passado, presenciamos esses pequenos procurando comida no lixo, tamanha era fome que estavam passando. Graças a Deus e à ajuda de muitas pessoas, estamos conseguindo amenizar essa situação”, avaliou Ailton.
A ação também contou com a presença de enfermeiros que aferiram a pressão e encaminharam os venezuelanos que estavam com quadros alterados para o posto de saúde mais próximo.

Segundo o coordenador, as ações estão sendo intensificadas para os imigrantesque estão fora dos abrigos, já que eles são clandestinos no País, o que dificulta a ajuda do governo em alcançá-los. “Além da fome e da sede, muitos necessitam de atendimento médico, pois os mesmos se encontram doentes e com feridas nos pés por caminharem do seu país até o Brasil em busca de ajuda.”
Perspectivas de piora
Um levantamento da Organização das Nações Unidas (ONU) aponta que, diariamente, cerca de cinco mil pessoas deixam a Venezuela em busca de melhores condições de vida. Os poucos negócios que continuam abertos no país funcionam precariamente, quase sem produtos e com poucos funcionários.
Outra consequência do caos no país é o aumento de pedintes e da população em situação de rua e, em casos mais graves, a desnutrição de crianças e idosos.
INTERNACIONAL
Comunidade carente de Angola tem dia de resgate social
No dia 1º de março, a comunidade do Mayeye, localizada na cidade de Luanda, em Angola, recebeu a visita do programa social Escola de Mães. foram doadas cestas básicas e produtos de higiene pessoal e realizados serviços de saúde e beleza. Cerca de 400 moradores foram beneficiados com a ação.

Voluntários ofereceram serviços de manicure, maquiagem e penteados para as angolanas. “Por questões financeiras, eu nunca fui a um salão de beleza. Hoje, eu tive a oportunidade de ser maquiada por uma profissional. Estou muito feliz”, disse Sofia Sebastião, moradora de Mayeye.
As voluntárias distribuíram kits de pintura e lanches para todas as crianças que compareceram ao evento.
A líder comunitária Adelaide Daniel conta que a localidade é muito carente e que os moradores precisam de apoio em quase tudo. “São pessoas que vivem em situação precária, sem saneamento básico, sem luz elétrica e moram em barracos de chapas de zinco. Ações como essas são muito bem-vindas”, explicou Adelaide.

Surto de HIV
No evento, os moradores foram orientados pelas voluntárias da área da saúde como se prevenir do vírus da AIDS. Elas também falaram da importância de não discriminar pessoas nem familiares com doenças como tuberculose e HIV.
Segundo a Rede Angolana das Organizações de Serviços de AIDS, apenas no ano passado, Angola registrou 28 mil novas contaminações com HIV e 13 mil mortes de pessoas infectadas.
O programa social
A Escola de Mães valoriza e presta assistência a todos os pais que desejam vencer os desafios de criar filhos na atualidade.

As atividades englobam palestras e orientações individuais e nelas os pais recebem o suporte necessário para educar e manter uma relação cotidiana saudável com os seus filhos, sempre com base nos valores
da família.
O grupo também realiza ações sociais nas comunidades, hospitais e em presídios femininos. No ano passado, mais de 263 mil pessoas foram beneficiadas pelas iniciativas do grupo.
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