Voluntários ensinam jovens a ler e escrever

Aulas de alfabetização acontecem semanalmente em unidade socioeducativa no Rio de Janeiro

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O Brasil tem quase 25 milhões de jovens de 14 a 29 anos fora da escola, segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Um dos principais motivos para a existência desse número é a falta de interesse nos estudos. Além disso, muitos jovens no País estão envolvidos cada vez mais cedo com a criminalidade e milhares cumprem medidas socioeducativas.
O número de adolescentes entre 14 e 21 anos em privação e restrição de liberdade no País é de cerca de 27 mil, de acordo com o último Levantamento Anual do Sistema Nacional de Atendimento Socioeducativo (Sinase), divulgado pela Secretaria Nacional dos Direitos da Criança e do Adolescente, do Ministério dos Direitos Humanos.
Ensino e ressocialização
Diante desse cenário, o grupo Universal Socioeducativo (USE) realiza em todo o território nacional um trabalho especial com os jovens que cumprem medidas socioeducativas, levando a eles a Palavra de Deus e também auxílio social, por exemplo, com aulas de alfabetização.
“O trabalho do grupo tem a finalidade de ajudar na ressocialização dos menores. Ações como essa levam algo novo para o entendimento deles. Isso é satisfatório aos jovens porque as atividades oferecem uma alegria a mais, algo que representa um valor muito grande para eles, como aprender a ler e escrever”, explica o Pastor Ubirajara Valadão de Moraes, responsável pelo grupo no Estado do Rio de Janeiro.
Há cerca de um ano, o curso de alfabetização é ministrado aos menores do Centro de Recursos Integrados de Atendimento ao Adolescente (Criaad) de Duque de Caxias, na região metropolitana do Rio de Janeiro, onde estão internados cerca de 40 jovens.
As aulas, ministradas semanalmente por voluntárias – geralmente duas por aula, sendo uma pedagoga e uma professora –, têm o objetivo de fazer com que os adolescentes deem os primeiros passos na alfabetização.
“Acho que esse trabalho é de suma importância, aliado ao auxílio espiritual que levamos. Na unidade, nos deparamos com adolescentes que sofrem por não saberem nem ao menos escrever seu nome. Durante as aulas, vemos nos olhos deles a alegria em começar a ler e escrever”, conta Ivan Alexandre de Jesus, que colabora com as atividades do grupo USE em Duque de Caxias.

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Colaborador

Michele Roza / Foto: Cedida